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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

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Corpus-Christi

Livro Praças de Toiros de Samtarém.png

Santarém – 26 de Maio de 1910

Dia de Corpo de Deus, feriado. Como habitualmente, realizou-se uma tourada na Praça de Toiros, conhecida como “Praça Velha, ao Campo de Fora de Vila” e nessa tarde foram corridos toiros da ganadaria da Excelentíssima Condessa da Junqueira, que os ofereceu para o efeito, porque o resultado líquido do espectáculo foi destinado ao Hospital de Jesus Cristo.

Segundo um jornal que se publicava na cidade de Santarém, “antes de começar a corrida, um toiro saltou a trincheira e a barreira, colheu diversos espectadores e assustou outros, forçou a divisória do sector do Sol, que era de ferro e arame, vindo a cair na trincheira e fracturado a espinha.”

Também o 7º. toiro, saltou para o público e houve muitos feridos. O jornal refere que oInteligente” António Cruz teve enorme serenidade porque “permaneceu sempre no seu posto, qual comandante de navio durante um naufrágio, tendo o toiro passado por ele sem reparar no seu vulto”.

Também o final foi muito conturbado, como ficou registado no mesmo jornal “À saída, uns mal-intencionados lembraram-se de gritar que fugira um toiro e isso deu motivo a novas e desordenadas correrias, a inúmeras quedas no Campo Sá da Bandeira e no Passeio da Rainha. Um estudante com medo atirou-se do muro de suporte, ficando muito contuso, a ponto de ir de carro para o hospital. Na Administração do Concelho ficaram depositados alguns objectos perdidos durante a fuga da Praça”.

 

 

Cristina Cifuentes - Uma aficionada

Brinde de Manuel escrivano.jpg

Madrid - Feira de Santo Isidro 2016 – Corrida da Imprensa

O matador Manuel Escribano brindou ontem a faena de um dos seus toiros a Cristina Cifuentes Cuencas, presidente da “Comunidad de Madrid”.

Depois a presidente foi entrevistada pelo Canal Toros e fez uma bela defesa à tauromaquia que foi transmitida em directo para todo o mundo taurino.

Assim se defende uma arte que faz parte da cultura ibérica e proporciona efeitos positivos na economia espanhola.

Nem todos os políticos têm essa coragem. Muitos têm medo de perder os votos dos anti-taurinos. Porém fazem mal as contas, porque os aficionados e os que gostam de assistir ao espectáculo de toiros são em número muito superior.

Os que brandam e gritam em bicos dos pés e que desejam a extinção das touradas, aflitos pelo sangue derramado pelos toiros, terão as suas razões, não obstante poucos deles saberem do que falam – porque nunca assistiram a uma corrida de toiros – e quase sempre estão indiferentes à aflição dos humanos ao seu lado, carenciados, doentes e pobres e muito mais desinteressados pelas crianças feridas, mal tratadas e abandonadas vítimas dos diversos conflitos mundiais.

Tal como se lamentou este mês o Papa Francisco, preocupado com “os que só sentem compaixão pelos animais e indiferença pelo vizinho”.

Cristina Cifuentes.jpg

 

 

“Que Dios reparta suerte”

Mausoleu a Joselito.jpg

A corrida de toiros é diferente de qualquer outro espectáculo e tudo o que ocorre dentro da Praça tem a ver e está relacionado com o toiro.

É o toiro o principal e indispensável protagonista da Festa. Festa que é arte e se rege de princípios, costumes e tradições que se mantêm ao longo dos anos, onde os valores éticos e estéticos estão bem definidos.

É um espectáculo onde o perigo está sempre presente e muitos lidadores foram colhidos de morte.

A 16 de Maio, em todas as Praças do mundo taurino se guarda um minuto de silêncio em homenagem a José Gómez Ortega – Gallito III, também conhecido por Joselito – que faleceu nessa dia em 1920, por colhida na Praça de Toiros de Talavera de la Reina – que foi e é considerado um dos melhores intérpretes de sempre do toureio a pé.

“Que Dios reparta suerte” é a frase que os toureiros dizem quando entram na arena. Sorte tão desejada mas que não é suficiente se o toureiro não tiver os conhecimentos necessários, o valor e o pundonor para estar sereno em frente de um toiro.

Na foto, o mausoléu a Joselito, obra do escultor valenciano Mariano Benlliure.

 

 

Mal agradecidos

Corrida do cancro.jpg 

O Presidente da Direcção Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro fez constar publicamente:

“(…) a Liga é contra a realização de touradas ou de qualquer espectáculo semelhante”.

Assim, a Direcção Nacional advertiu o Núcleo Regional dos Açores – que por “descuido” e “desatenção” – promoveu um festival taurino de beneficência a favor da Liga e a realizar na Praça de Toiros de Angra do Heroísmo no próximo dia 29 de Maio, mas que a actual Direcção Nacional não aceita.

A actual Direcção Nacional não autoriza que o Núcleo dos Açores promova em benefício da luta contra o cancro qualquer tipo de espectáculo relacionado com a tauromaquia.

Porém, a Direção Nacional da Liga parece não conhecer o historial de benefícios que lhe foram concedidos durante os anos 60 e 70 do século passado, aquando da realização de várias corridas de toiros na Monumental do Campo Pequeno, as célebres “Corridas do Cancro” que foram promovidas e da responsabilidade do saudoso Dr. José Cunha, destacado cirurgião de oncologia, que tantos e valiosos contributos ofereceu à causa.

Parece portanto que o resultado líquido na corrida de toiros que se irá realizar em Angra do Heroísmo no dia 29, não será para auxiliar a luta contra o cancro porque a actual Direcção Nacional não o deseja e repudia.

De Alcochete e a propósito, escreveu o Professor José Francisco Caninhas em carta dirigida ao Presidente da Direcção Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro:

 

“O seu gosto, ou não, pelas corridas de touros é coisa que não interessa a ninguém, a não ser ao senhor e, hipoteticamente, a quem consegue suportar o seu convívio. Mostrá-lo publicamente, em nome de uma instituição respeitadíssima, não é mais que querer protagonizar algo que, de outra maneira, não passaria de uma profunda insignificância.”

 

Nem mais!

Parece incoerente uma instituição que faz tantos peditórios públicos recusar uma ajuda de quem pretende oferecer o seu contributo.

Não deixa de ser muito estranha a atitude de prepotência e ingratidão da actual Direcção Nacional da Liga ao não reconhecer que empresários tauromáquicos, ganaderos, toureiros e forcados, sempre auxiliaram instituições necessitadas e a Liga Contra o Cancro foi e continuará a ser uma das que mais merece.

O antigo programa de uma corrida de toiros realizada em Lisboa em 22 de Junho de 1971, que aqui está exposto, não é mais do que um dos muitos documentos que demonstram e atestam a ajuda dos aficionados taurinos à nobre causa da Luta Contra o Cancro.

 

Partido de Resina

Ganadaria Partido de Resina.JPG

A ganadaria de Pablo Romero foi fundada por Filipe de Pablo Romero em 1885 e caracterizou-se ao longo dos anos por ter toiros lindos, com excelentes harmonias e proporções, onde predomina a pelagem “Cárdeno”.

A ganadaria foi vendida em Janeiro de 1998 e passou a denominar-se  “Partido de Resina”, exactamente o nome da propriedade onde pastam as vacas e toiros com o mesmo ferro e divisa de Pablo Romero.

Fotos de 4 de Maio de 2016, aquando a Tertúlia Tauromáquica Eborense fez uma visita a esta lendária ganadaria de Espanha.

Gan.Partido de Resina.jpg

 

Ferro Partido de Resina.jpg

 

 

 

Registos tauromáquicos

Romero.jpg

“El aficionado no sabe nunca si lo que recuerda corresponde a la verdad”

 Gregorio Corrochano

 

A frase lapidar do inesquecível mestre da escrita taurina, aplica-se em qualquer espectáculo, mas muito bem no tauromáquico.

Na realidade sabemos que, muitas vezes, os aficionados e os próprios ganaderos, toureiros e forcados referem-se a factos antigos nas arenas, com muita imprecisão, sendo portanto importantíssima a crónica taurina escrita que, quando séria e competente, deixa para o futuro o registo fundamental para um historial honesto do toureio.

Assim e baseado num trecho do livro “El discurso de la corrida” de François Zumbiehl, um curioso apontamento ficou arquivado sobre uma actuação de Curro Romero que passou a ser recordado como que uma lenda da Praça de Sevilha.

Nesse livro, refere o autor que o “Faraón de Camas” – na célebre corrida a favor da Cruz Vermelha Espanhola – em 19 de Maio de 1966, quando o diestro se encerrou com 6 toiros, o público presenciou um facto raro:

Curro Romero depois de lidar de capote um dos toiros, com destaque para três verónicas e meia, foi de tal maneira ovacionado que teve que dar uma volta de agradecimento antes de começar a faena de muleta. Mas o caso inédito e que deixou toda a gente louca de entusiasmo, foi quando Curro começou a dar a volta à arena e arrastando o capote, o toiro andou uns trinta metros com a cabeça baixa sobre o capote mas tranquilamente e sem investir.

Nesta corrida realizada na Real Maestranza, Curro Romero cortou 8 orelhas aos 6 toiros de D. Carlos Urquijo

Olé matador!

 

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