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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

A Tauromaquia em Santarém

Correio do Ribtejo 25.06.2015.jpg

Está o semanário “Correio do Ribatejo” a comemorar os seus 125 anos de existência ao serviço da região de que Santarém é a capital.

Cento e vinte e cinco anos a informar os leitores das principais notícias do Ribatejo e onde esteve e está sempre presente a informação semanal sobre a tauromaquia, com um destaque importante nesse jornal, há muitos anos da responsabilidade de Ludgero Mendes.

Assim e no âmbito do programa comemorativo, na tarde de 25 de Junho de 2016 realizou-se uma conferência subordinada ao tema “A Tauromaquia em Santarém Através dos Tempos”, onde Ludgero Mendes abordou um vasto historial sobre diversos assuntos relacionados com as ganadarias, toureiros e forcados que actuaram nas Praças de Toiros de Santarém, bem como uma detalhada análise sobre as empresas e entidades que têm tido a responsabilidade de montar os espectáculos.

Excelente conferência. Uma aula sobre tauromaquia!

A parte final foi de autêntica tertúlia com numerosas intervenções e trocas de ideias entre os aficionados presentes, muito interessados em todos os temas.

Parabéns ao “Correio do Ribatejo” por mais esta iniciativa. Parabéns a Ludgero Mendes por tão esclarecida conferência.

 

Na foto, o director do jornal João Paulo Narciso e o cronista taurino Ludgero Mendes.

 

Para quê?

Enrique Ponce.jpg

 

Enrique Ponce é um toureiro extraordinário, direi um mito vivo da tauromaquia.

Mais um seu enorme sucesso em Ustress, em terras aficionadas de França em 19 de Junho de 2016. Um triunfo redondo ao lidar sozinho 6 toiros 6.

O ter despido o “traje de luces” para tourear os dois últimos toiros vestido com smoking parece-me uma publicidade exagerada, gratuita e só interessante para as revistas do tipo rosa, as que gostam de comentar a vida alheia de figuras públicas e que invadem a privacidade dos que, por qualquer motivo, são capas dessas revistas muito ao gosto da coscuvilhice espanhola. Não vale a pena enunciar o nome dessas publicações, por serem demais conhecidas.

Enrique Ponce é um génio do toureio e ao ter despido o “traje de luces” antes de terminar o festejo taurino, só abriu um precedente. Não faltarão mais a aparecer assim, trajados de qualquer coisa para serem fotografados e serem notícias.

Esperemos que por cá não apareça um grupo de forcados, vestido a rigor, como que para um casamento, a brincarem com o que deve ser sério. Também não ficará bem um grupo de amigos ir trajado de forcados a um casamento. Cada coisa no seu sítio.

Enrique Ponce não precisava disso, depois de indultar um toiro e ter triunfado também nos três que lidou antes.

Publicidade barata, extravagante, que não dignifica a tauromaquia.

 

 

 

Um forcado

Llivro João Patinhas.jpg

 

“(…)Em todas as gerações, os velhos toureiros e forcados contam que no seu tempo é que se realizaram grandes corridas e com enormes toiros, factos que na neblina das recordações nem sempre estão correctos e, muitas vezes, um pouco exagerados.

Um cartaz de uma antiga corrida pode não reflectir esse espectáculo, porque muitas vezes algum dos toureiros ou grupo de forcados foi substituído.

Também o historial de um grupo de forcados deve ser sério e espelhar de forma exacta o seu passado e os cabos devem ter um conhecimento, o mais exacto possível, do pretérito dos seus grupos. Nem sempre isso acontece e nalguns grupos a confusão histórica é tão grande que ninguém sabe ao certo o que se passou em determinados períodos. A intensão pode não ser desonesta porque, muitas vezes, os próprios intervenientes não se recordam bem do que se passou no seu tempo.”

in João Patinhas – Um Forcado

Livro editado pela Associação de Forcados Amadores de Évora

1ª. Edição - Novembro de 2008

2ª. Edição - Maio de 2009

Livro João Patinhas.jpg

 

As artes do toureio

Cortesias.jpg

Arte de Marialva

 

No reinado de D. João V - de 1706 a 1750 - as minas de ouro e de pedras preciosas descobertas no Brasil permitiram a realização de grandes investimentos em Portugal, destacando-se a construção do Aqueduto das Águas Livres em Lisboa e o convento de Mafra.

Este monarca também se interessou pelo desenvolvimento cultural e fundou a Real Academia de História, o Observatório Astrológico do Colégio de Santo Antão e a Biblioteca da Universidade de Coimbra.

Também foi D. João V que mandou construir, no Palácio de Belém, o Picadeiro Real e fundou a Coudelaria de Alter.

Nesses tempos, a Europa desejava seguir a moda de França e em Portugal os cavaleiros passaram a trajar à Luís XV.

Já no reinado seguinte – de D. José, de 1750 a 1777  – destacou-se como “Estribeiro-Mor” D. Pedro de Alcântara e Meneses,  4º. marquês de Marialva, que era um dos melhores cavaleiros e que também toureava a cavalo.

Foi “Mestre de Picaria” outro notável cavaleiro desse tempo, chamado Manuel Carlos de Andrade, que escreveu um excelente tratado de equitação denominado “LUZ DA LIBERAL E NOBRE ARTE DA CAVALARIA” inspirado na arte do marquês de Marialva.

Teve tão grande impacto a fama do marquês de Marialva e o livro de Manuel Carlos de Andrade que ainda hoje perdura a designação de “à Marialva” tudo o que se refere ao método de equitação e ao traje dos cavaleiros tauromáquicos portugueses.

 

Arte de Montes

 

Na história da tauromaquia e no que se refere ao toureio a pé dois toureiros tiveram enorme influência em meados do Século XVIII: Joaquin Rodriguez “Costillares” e Pedro Romero.

Enquanto Pedro Romero, da “escola de Ronda”  – neto de Francisco Romero – o seu toureio foi caracterizado pela sobriedade e seriedade, sem adornos, frio, pensado e medido, o toureio de “Costillares” da “escola de Sevilha” tem improvisação e graça e foi este o inventor do lance à verónica e da estocada “a volapie”.

Pedro Romero foi nomeado em 1830 pelo rei Fernando VII, portanto com 76 anos, director da Escola de Tauromaquia de Sevilha. Escola que teve também como mestre o matador de toiros Jerónimo José Cândido e foi frequentada por diversos alunos, no período de 1830 a 1834,  sendo um deles Francisco Montes Reina “Paquiro”, um verdadeiro génio do toureio que sabia matar “recebendo” como Pedro Romero e executar o “volapié” como “Costillares”.

Foi Francisco Montes “Paquiro” que deu um conceito colectivo de lide, ao ser o primeiro a disciplinar e organizar a sua “quadrilha”, onde os picadores e bandarilheiros passaram a ter uma missão específica debaixo da direcção suprema do espada.

 

Riviera Ordóñez.png

 

 

João Simões

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João Simões, foi um dos cabos do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita – provavelmente o mais carismático e o que conseguiu levar o seu Grupo a um maior número de países: França, Espanha, México, Grécia, Macau, Venezuela e Estados Unidos da América – é um grande aficionado e membro da Tertúlia Tauromáquica Eborense.

Tertúlia que faz mensalmente um jantar em Évora, na Pousada dos Loios, mas que este mês foi em Almeirim, num excelente Pavilhão de Caça do Restaurante Toucinho, cujo proprietário é João Simões e que convidou todos os elementos para um óptimo jantar, tendo sido primeiro proporcionada uma visita ao seu museu, com explicações detalhadas sobre diversos objectos, cartazes, trajes de toureiros, uma valiosa biblioteca taurina e centenas de fotografias de variadíssimas figuras do toureio.

Foi uma agradável noite em Almeirim, um excelente convívio de amigos que gostam de toiros e que desejam que a Festa Brava continue neste país de fortes tradições taurinas.

 

DSC_1965.jpg

 

 

Saber estar

Livro À Barbela!.jpg

 

 

(…) Todos os gestos e atitudes dos toureiros e forcados devem obedecer não só às boas maneiras, mas também à tradição tauromáquica.

E se recordarmos que alguns peões de brega ao darem a volta à arena, descobertos e com as “monteras” nas mãos, verificamos que também eles desconhecem, ou estão esquecidos, das regras.

O peão de brega, quando acompanha o cavaleiro na volta à arena, deve levar sempre a “montera” na cabeça, porque os aplausos não são para ele, mas sim para o cavaleiro. O peão de brega só deve descobrir-se quando tiver uma chamada especial e, aí sim, as palmas são para ele.

 

In “À Barbela!

Edição da Associação de Forcados Amadores de Évora

Junho de 2013

 

Respeito pela cultura

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A Espanha respeitando a sua cultura e tradição secular.

Rei Juan Carlos e Infanta Elena na Praça de Las Ventas apoiando a tauromaquia durante a corrida de toiros de beneficência que se realizou em 1 de Junho de 2016.

Praça cheia, com 23.500 pessoas assistindo ao espectáculo e que aplaudiram com forte ovação o Rei quando entrou no camarote de honra.

Belas actuações dos matadores de toiros Sebastián Castella, José María Manzanares e Alberto López Simón.

Las Ventas.png

 

 

Cabo de Forcados

 

João Patinhas.tif

 

(…) quando se vulgarizou a pega, o grupo de forcados passou a ser constituído por oito elementos, mantendo-se as características militarizadas (dos antigos alabardeiros da Guarda Real). Ao chefe ou comandante do grupo continuou a chamar-se “cabo”, ao tarje chama-se farda e a “antiguidade dos forcados é respeitada. Durante as cortesias os forcados dão a direita ao cabo, formam por antiguidade e o último elemento que estiver formado à esquerda é o forcado mais novo.

A chefia do grupo deverá ser aceite por todos os elementos e só o cabo é que deve comandar e chamar a si todas as resoluções inerentes à admissão de novos forcados, acordo com empresários e deliberações relacionadas com a actuação do grupo e orientação das pegas.

O cabo não deve faltar no grupo, principalmente nos piores momentos. Só ele é que deve mandar. Ele deverá ser o garante dos valores do forcado amador e da defesa das tradições do seu grupo. Ele deve chamar a si a responsabilidade de tudo o que corra mal no grupo e dar ao grupo a melhor imagem, incutindo no espírito de todos os elementos – forcados actuais e antigos – que o colectivo está sempre por cima e primeiro de qualquer atitude individual.

Se o cabo for colhido ou na impossibilidade de estar presente, toma a chefia o forcado mais velho. Não o forcado que tiver mais idade, mas o mais antigo no grupo.

Contudo, a nomeação de novo cabo não terá a ver com a antiguidade mas com o reconhecimento do grupo pelas qualidades de um dos elementos e aceite pela maioria.

In “40 Anos do Grupo de Forcados Amadores de Évora (1963 – 2003)”

Edição da Associação de Forcados Amadores de Évora – Junho de 2003

Livro 40 Anos do Grupo de Forcados Amadores de Év

 

 

 

 

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