Cabo de Forcados
(…) quando se vulgarizou a pega, o grupo de forcados passou a ser constituído por oito elementos, mantendo-se as características militarizadas (dos antigos alabardeiros da Guarda Real). Ao chefe ou comandante do grupo continuou a chamar-se “cabo”, ao tarje chama-se farda e a “antiguidade dos forcados é respeitada. Durante as cortesias os forcados dão a direita ao cabo, formam por antiguidade e o último elemento que estiver formado à esquerda é o forcado mais novo.
A chefia do grupo deverá ser aceite por todos os elementos e só o cabo é que deve comandar e chamar a si todas as resoluções inerentes à admissão de novos forcados, acordo com empresários e deliberações relacionadas com a actuação do grupo e orientação das pegas.
O cabo não deve faltar no grupo, principalmente nos piores momentos. Só ele é que deve mandar. Ele deverá ser o garante dos valores do forcado amador e da defesa das tradições do seu grupo. Ele deve chamar a si a responsabilidade de tudo o que corra mal no grupo e dar ao grupo a melhor imagem, incutindo no espírito de todos os elementos – forcados actuais e antigos – que o colectivo está sempre por cima e primeiro de qualquer atitude individual.
Se o cabo for colhido ou na impossibilidade de estar presente, toma a chefia o forcado mais velho. Não o forcado que tiver mais idade, mas o mais antigo no grupo.
Contudo, a nomeação de novo cabo não terá a ver com a antiguidade mas com o reconhecimento do grupo pelas qualidades de um dos elementos e aceite pela maioria.
In “40 Anos do Grupo de Forcados Amadores de Évora (1963 – 2003)”
Edição da Associação de Forcados Amadores de Évora – Junho de 2003