Crónica de Bernardo Patinhas
A monotonia que se nota em muitas lides no toureio, a cavalo e a pé, pode ser muito interessante para os puristas, para aqueles que o tourear só tem um sentido, para aqueles que não admitem a inovação, para os clássicos fundamentalistas que raramente aplaudem as lides e que têm um conceito de toureio muito compartimentado.
Mas a Festa só continuará se as praças estiverem cheias. Só assim os empresários poderão pagar aos ganaderos, aos toureiros e aos outros taurinos que permitem a realização do espectáculo.
Gostei da crónica “A Festa vive” de Bernardo Patinhas na revista Novo Burladero deste mês de Setembro, principalmente quando refere à motivação do público, começando com a juventude:
“(…) A tauromaquia está mais uma vez a mudar. Devemos então aproveitar este movimento e mostrar aos empresários que queremos coisas novas, queremos romper a monotonia e demonstrar que esta competição funciona como incentivo para os toureiros, quer sejam a pé ou a cavalo, como que uma motivação para quem quer ser alguém nesta difícil escolha de vida. (…) As conclusões a tirar são clarividentes. Primeiro o mal-afamado toureio rejoneo, para uns circo, para outros, exibição equestre, para outros ainda, carrossel…esgota, interessa e leva todos à praças de touros. Haverá então qualquer coisa de errado, ou na cultura taurina ou no próprio toureio.”
Recomendo a leitura completa desta Crónica de Burladero. Vale a pena fazer uma reflexão sobre a Festa Brava porque, como diz o Autor, “o Toureio não é português, espanhol ou francês…o Toureio é universal, é linguagem sem vocabulário.”
Também para mim, meu caro Bernardo!