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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

Escutar o silêncio

Francisco Tadeu Garcia - 25.09.2009-Toiro de Alcur

 

Há quem diga que foi em Évora que se instituiu o silêncio durante o cite na pega de caras.

Na verdade e desde sempre a pega de caras é vista com respeito do público da Praça de Évora que guarda silêncio durante o cite, um momento tão grande num tempo tão curto.

Noutras Praças começou a notar-se essa prática e o Campo Pequeno passou também a dar o exemplo e a “escutar o silêncio” o que não acontecia noutros tempos.

O momento do cite na pega de caras está para os portugueses como a estocada está para os espanhóis e se for bem feito resulta. Se não, há um clamor geral e perigo acrescentado.

Não é por sorte que um homem fica na cara de um toiro para o pegar de caras e, para tal, o cite deverá ter a trilogia: parar, mandar e templar. Quando assim é, o forcado conseguiu momentos de toureio.

Quando a expectativa é grande e o risco enorme, só o silêncio realça o respeito por quem está serenamente em frente de um toiro e isso com naturalidade acontece nas terras lusas, onde a cultura ancestral guarda a mais portuguesa manifestação taurina: a pega!

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Francisco Tadeu Garcia-- 2009- Toiro de Alcurrucé

 

 

--Nas fotos de Maria Filomana Maltez o cite e a poderosa pega de Francisco Tadeu Garcia ao toiro da ganadaria de Alcurrucén que abriu praça na Arena d’Évora em 25 de Setembro de 2009 - Grupo de Forcados Amadores de Évora.

 

 

Santarém e a Praça Maior

Corrida da CAP - Santarém- 16.06.2017.png

Na 3ª. corrida de toiros que se realizou este ano na Monumental de Santarém ficou comprovado que houve bom senso da Santa Casa da Misericórdia ao não ter colocado a concurso a gestão da Praça para esta época e ter aproveitado o generoso contributo da Associação Praça Maior para resolver – melhor do que qualquer empresário – a situação caótica em que se encontrava a Celestino Graça em 2018.

Certamente que os milhares de espectadores que viram a corrida saíram ontem da Praça satisfeitos como esta decorreu e os aficionados agradados com os toiros de Veiga Teixeira, o desempenho dos jovens cavaleiros João Moura Jr, João Ribeiro Telles II e Francisco Palha e o valioso e desinteressado desempenho dos Forcados Amadores de Santarém e de Montemor.

Depois das corridas de toiros há sempre um ou outro aspecto que nos fica na memória e que anos depois faremos referência, de um ou outro pormenor, de um ou outro motivo taurino.

Desta Corrida de Toiros da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) fiquei com duas recordações principais que provavelmente não esquecerei. Uma, negativa, quando parte de um sector se manifestou contra o brinde de uma das pegas ao Ministro da Agricultura Luís Capoulas Santos.

Realmente, quando a maioria dos políticos e governantes do país desprezam a tauromaquia e não entendem que esta faz parte da cultura portuguesa, ter estado na Praça de Santarém um Ministro a assistir à Corrida da CAP seria um motivo de satisfação dos aficionados, que deveriam apoiar e aplaudir que lhe fosse brindada a lide ou a pega de um toiro. Teve essa elevada atitude o Grupo de Forcados Amadores de Santarém, através de Francisco Graciosa. Brinde que foi vaiado por um sector do público num protesto desnecessário.

A recordação positiva relaciona-se com as duas extraordinárias tentativas do forcado Francisco Borges no último e poderoso toiro da corrida, difícil de ajudar, numa magnífica pega de caras e onde foi determinante o desempenho atempado do rabejador Francisco Godinho. Que bem que está este rabejador!

Manuel Peralta Godinho e Cunha

 

Grupo de Montemor-Pega Francisco Borges-16.06.2019

 

  Pega de Francisco Borges - Grupo de Montemor

 

 

As corridas de toiros da CAP

CAP.jpg

Com a Monumental de Santarém alindada por iniciativa da Associação Praça Maior, que à Santa Casa da Misericórdia lega uma Praça limpa, asseada e melhorada, vai realizar-se amanhã – 16 de Junho de 2019 – a Corrida dos Agricultores, que se espera ter uma moldura humana como a Celestino Graça merece.

Estão anunciados toiros da afamada ganadaria Veiga Teixeira para os cavaleiros João Moura Jr., João Ribeiro Telles II e Francisco Palha, com a colaboração dos Grupos de Forcados Amadores de Santarém e de Montemor, comandados por João Grave e António Vacas de Carvalho.

No exterior aguardam-se cerca de 22 animalistas que talvez consigam vociferar as palavras de ordem que estão recomendados pelo respectivo Partido desde as 17,30 horas e até ao final da lide do primeiro toiro. Muito bem ensaiados estarão protegidos pela Polícia para poderem gritar na vã expectativa de convencerem os aficionados a não comprarem bilhetes. Estes militantes anti-taurinos já têm sido vistos noutros locais onde se realizam corridas de toiros, gritando contra a tauromaquia portuguesa.

Longe vão os tempos de 1976, quando Portugal esteve à beira de uma guerra civil e grande parte das empresas agrícolas foram ocupadas e se realizou em Santarém, em 24 de Outubro desse ano, a 1ª. Corrida da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), com toiros de diversas ganadarias para os cavaleiros Fernando Salgueiro, David Ribeiro Telles, José Samuel Lupi, Gustavo Zenkl, José Luís Sommer d’Andrade e João Moura e os Grupos de Forcados Amadores de Santarém e de Évora comandados por José Manuel Souto Barreiros e João Nunes Patinhas.

Pelo Grupo de Santarém pegaram de caras Nuno Megre, Manuel Paim e Joaquim Grave. Pelo Grupo de Évora as pegas foram concretizadas por José Manuel Navalhinhas, Carlos Caixinha e José Mexia de Almeida.

Essa memorável corrida de 24 de Outubro de 1976, com a Praça esgotada, foi considerada como uma das primeiras manifestações políticas contra a chamada Reforma Agrária e a favor do associativismo agrícola de Portugal que tinha como secretário-geral o regente agrícola José Manuel Casqueiro.

 

Praça Maior num jantar de aficionados em Évora

Praça Maior-Santarém.png

Como é habitual na primeira segunda-feira de cada mês os elementos da Tertúlia Tauromáquica Eborense reúnem-se num jantar na Pousada dos Loios e neste mês de Junho de 2019 os convidados de honra foram os elementos que constituem a “Praça Maior” a Associação de se dispôs gerir a Praça de Toiros Monumental de Santarém que tem estado em degradação continuada desde os tempos áureos de Celestino Graça. Degradação física das estruturas da Praça, praticamente sem beneficiação desde o 25 de Abril de 1974 e ultimamente com deficit de gestão empresarial a ponto de em 2018 não se terem efectuado espectáculos tauromáquicos.

Neste jantar a “Praça Maior” esteve representada por Diogo Sepúlveda, Diogo Palha, João Torres e João Cabaço que explicaram o que a Associação já fez e o que tenciona fazer para Santarém voltar a ter em funcionamento a maior Praça de Toiros do país.

A atitude desta Associação sem fins lucrativos e constituída por antigos elementos do Grupo de Forcados Amadores de Santarém irá permitir à Santa Casa da Misericórdia retomar uma Praça de Toiros com a dignidade que a capital do Ribatejo merece.

Não há palavras suficientes de louvor ao trabalho destes aficionados.

Neste jantar o Cuidador da Tertúlia, Nico Mexia de Almeida, teve também a feliz ideia de convidar Pedro Horta Osório, aficionado de “primeira água”, que muito honrou a Tertúlia Tauromáquica Eborense com a sua simpática presença.

Mais um agradável jantar que fica na memória dos aficionados que estiveram presentes.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

TTE com Praça Maior 3.06.2019.jpg

 

 

Um Presidente zangado

Leonardo Hernandez-Madrid 2.06.2019.jpg

Na quente tarde de 2 de Junho de 2019 realizou-se na Praça Monumental de Las Ventas em Madrid mais uma corrida de rojões com a presença portuguesa dos toiros, bem apresentados, da ganadaria de Maria Guiomar Cortes de Moura para os rejoneadores Diego Ventura, Leonardo Hernández e Juan Manuel Munera que confirmou a alternativa sem brilho.

Os “murubes” que saíram boiantes, como é habitual, ficaram rapidamente parados como gostam os lidadores a cavalo à “la usanza española” depois da colocação dos rojões de castigo o que permite a execução de piruetas e outras habilidades a cavalo.

Mas em Espanha é assim e ao gosto da assistência, que foi de 23.624 espectadores nessa tarde em Las Ventas del Espíritu Santo.

Diego Ventura, premiado com uma orelha do seu primeiro toiro, teve pormenores interessantes de excelente cavaleiro e com o seu saber bem poderia substituir os agressivos rojões de castigo pelos suaves ferros compridos à portuguesa.

Ganhava com isso a cavalaria espanhola.

Leonardo Hernández praticou lides ao gosto dos espectadores que com insistência pediram o prémio das orelhas. Concedida a custo a primeira e com muito mais dificuldade a do 5º. da ordem. que o senhor Presidente da Corrida teimava em não conceder e a custo e com um gesto muito feio lá sacou do lenço a dar o sinal do prémio mas a contra-gosto. Orelha que abriu a Porta Grande ao rejoneador.

Os Presidentes em Madrid e desde que as corridas estejam a ser televisionadas gostam muito de ter protagonismo, com as câmaras apontadas para eles numa pose pouco “inteligente” de se fazerem difíceis na atribuição de troféus.

Não sei o nome deste Presidente, que fingiu não ver que a petição era mais do que maioritária.

Não sei se terá faltado à aula que ensina aos candidatos a Presidentes das Corridas que a primeira orelha terá que ser sempre concedida se o pedido for maioritário.Pode ter sido!

Com atitudes assim, este tipo de autoridade só colabora com os anti-taurinos e à Festa não acrescenta absolutamente nada.

 

 

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