O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Mensagem que enviei ao Provedor do Espectador da RTP em 8.Jul.2019:
“A transmissão da Corrida de Toiros de Tomar pela RTP 1 teve a maior audiência na sexta-feira passada. A RTP bem poderia aumentar o número de transmissões não só das corridas mas também a inclusão de um programa taurino semanal, tanto mais porque as corridas de toiros são o segundo espectáculo com mais interesse pelo público e logo a seguir ao futebol.”
Resposta que recebi do Provedor em 15.Jul.2019:
"Agradeço a mensagem que nos enviou. Apesar de lhe interessar, creio que pouco a pouco as touradas deixarão de ser transmitidas pela RTP." m/cumprimentos, Jorge Wemans Provedor do Telespetador"
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Parece uma opinião pessoal de alguém que deveria ser um moderador de espírito aberto, imparcial, tolerante e respeitador das opiniões dos telespectadores.
Tal não se verifica. É fundamental ressaltar que a frieza da resposta é tendenciosa e pouco atenta ao gosto de um largo sector da opinião pública.
Não é isto que se espera do Provedor do Telespectador da Rádio Televisão de Portugal.
“A Europa política, nas passadas eleições para o Parlamento Europeu, deu nova viragem, uma viragem para ideologia ambientalista (…) Portugal elegeu pela primeira vez um deputado do Partido Animais e Natureza, PAN, e com isso confere representatividade deste partido que pouco tem de ambientalista e muito tem de sectarista, radical e fundamentalista, preconiza mentiras que, como diz o povo, repetidas tantas vezes podem até tornar-se verdades.
Este deputado vai juntar-se á família ambientalista, que por mero desconhecimento e ignorância voluntária, insiste em condenar, extinguir e aniquilar, sem sequer pesar as suas consequências. Não me refiro exclusivamente à Tauromaquia, mas também à Caça, sobretudo estas duas actividades e tudo o que as mesmas significam, do ponto de vista económico, histórico cultural e, imagine-se! ambientalista.”
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Este extracto de um excelente artigo de Bernardo Salgueiro Patinhas inserido na revista “NovoBurladero” de Julho de 2019 aborda o caso de um Partido Político que tem assento na Assembleia da República e no Parlamento Europeu e que pretende denegrir sistematicamente parte da cultura portuguesa.
O mundo vê nos ambientalistas uma esperança e oportunidade de correcção dos distúrbios causados pelo homem no planeta, mas a obstinação do PAN situa-se na destruição da tourada e da caça enquanto passeia o cão nos meios urbanos, conspurcando as vias públicas e num desconhecimento completo da ruralidade e com um discurso incendiário contra toureiros, ganaderos e caçadores.
Bem esteve Bernardo Salgueiro Patinhas neste seu artigo intitulado “O vento não se toureia”. Artigo para se ler, reler e guardar.
Faz exactamente 25 anos que a cavaleira Ana Batista se apresentou na Praça Monumental do Campo Pequeno.
Que hoje tenha sorte, porque valor tem.
Recordo o texto da contra-capa do meu livro “Arenas”:
“Sem a presença trágica a tourada seria também bela, mas onde os artistas se vestiriam num “faz de conta”. Ora o toureiro veste-se a rigor sabendo que pode ser a última vez. Tal não acontece no teatro ou na ópera, onde as cenas serão repetidas na sessão seguinte. No toureio não há duas faenas iguais. No toureio igual é só o perigo de morte.”
Ana Batista foi colhida em 6 de Julho de 2019 na corrida de toiros em Coruche tendo sido assistida no Hospital de Santarém e hoje – 5 dias depois – irá apresentar-se na Praça do Campo Pequeno para lidar um toiro da ganadaria de Jorge Carvalho.
Raramente os jornais portugueses inserem notícias relacionadas com a tauromaquia seguindo as recomendações dos animalistas, anti-taurinos, que sendo em minoria – como se pode verificar no número de votos no PAN – não deixam de intimidar as redacções dos órgãos de informação.
Assim, hoje verificámos a notícia do “Jornal i “ que só aparece com uma informação taurina porque houve colhidas na Praça de Toiros de Coruche na corrida de toiros que se realizou na noite de 6 de Julho de 2019, não obstante fazer referência também a uma análise comparativa do número de espectadores de 2011 a 2018 e a tendência comprovada de maior afluência nas bilheteiras das Praças.
Rita Pereira de Carvalho, a articulista, anotou e bem a comunicação da “PróToiro” onde se constata que neste ano de 2019 e até ao momento já se realizaram 89 espectáculos tauromáquicos e com 25% de aumento dos espectadores. Informação que não interessa de todo aos animalistas mas que é muito agradável ao governo da República que assim lá vai recebendo os impostos de um espectáculo que se realiza á porta fechada, sem subsídios do Estado, que paga muitas taxas e que é uma atracção turística.
Neste seu artigo, Rita Pereira de Carvalho fazendo referência à corrida em Coruche escreveu:
“ (…) Os cavaleiros Ana Batista e João Moura, da ganadaria de São Torcado, com ferimentos.”
Desconheço onde nasceram Ana Batista e João Moura Jr. mas em São Torcato não foi certamente.
“Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão?” – como diz e bem a antiga expressão proverbial portuguesa.
A tradicional Corrida de S. Pedro teve dois triunfadores. O primeiro o curro apresentado da ganadaria do Dr. Joaquim Grave, que naturalmente foi importantíssimo para o êxito do espectáculo. E o êxito de uma ganadaria é sempre um motivo de satisfação, nomeadamente quando esse sucesso tem a ver com a seriedade do curro apresentado que, apesar de desigual, correspondeu à expectativa da maioria do público que encheu a Praça.
O segundo triunfador foi o nosso Grupo de Évora e ainda hoje – uns dias depois da corrida – quem passar nas imediações da Arena d’Évora poderá “ouvir” os ecos dos aplausos do público em pé e que exigiu no centro da arena um forcado que fez cinco enormes tentativas ao quinto e enorme toiro de Murteira Grave. E o público de Évora que sabe fazer silêncio durante o cite na pega de caras – em sinal de respeito pelo forcado – respondeu com uma ovação de luxo e retribuiu demoradamente com a única compensação a um forcado amador: os aplausos.
Esse forcado foste tu, meu caro Guga, que mais uma vez demonstraste porque és o cabo do nosso Grupo.
Há momentos importantíssimos em que um cabo de forcados deve evidenciar em Praça o que é ser o símbolo do Grupo a que pertence e quando – no centro da arena – agradeceste essa imensa ovação recordei uma outra atitude de enorme valentia e pundonor quando, na mesma arena em 1993 decorriam as comemorações do 30º aniversário dos Amadores de Évora, o teu Pai, então cabo do Grupo, emendou João Nunes Patinhas que tinha ido para a enfermaria quando tentou pegar o primeiro toiro dessa celebre corrida.
São momentos como estes que enaltecem a tauromaquia portuguesa e inesquecíveis no historial do Grupo de Forcados Amadores de Évora.
Nesta corrida de 29 de Junho de 2019 o momento mais alto e que correspondeu a prolongada ovação foi, sem dúvida a tua pega, com as cinco tentativas, só possíveis a quem teve a coragem e o saber de se colocar serenamente em frente desse toiro “cinqueño” com 635 Kg. da respeitável ganadaria Murteira Grave.
Estão os Amadores de Évora a atravessar um bom momento reflectido também nos forcados que nessa tarde pegaram de caras: Gonçalo Pires (1ª); José Maria Caeiro (1ª); Miguel Direito (2ª.); António Torres Alves (1ª) e Ricardo Sousa (1ª).
Claro que também houve momentos de valor no toureio a cavalo, nomeadamente João Moura Jr, mas também de Francisco Palha e António Prates que quiseram corresponder à responsabilidade de lidar “graves” na Arena d’Évora.
Foi uma corrida séria que contrasta com muitas outras com “toiros boiantes”.
Para ti, meu Caro Guga, um forte abraço extensivo ao Grupo e um pedido que te faço e que penso que é também o desejo de muitos aficionados: uma cernelha na próxima “encerrona” dos Amadores de Évora.