Eu digo que não
A arte do “rejoneio”, que durante muitos anos apareceu quase que envergonhada nas praças de Espanha a que alguns puristas denominavam “el número del caballito”, teve um incremento importante nas últimas décadas e em terras espanholas quatro rejoneadores se destacaram: Moreno Pidal, Ginés Cartagena, Pablo Hermoso de Mendoza e Diego Ventura, rejoneadores que fizeram escola e deixaram raízes em muitos outros interpretes do rejoneio.
Ultimamente em Espanha há um crescente interesse pela lide dos toiros a cavalo e os nossos “marialvas” têm sentido a necessidade de se afirmarem nas praças espanholas a ponto de alguns lá confirmarem as alternativas… Facto que se inverteu, porque em anos não muito distantes o grande objectivo de um rejoneador espanhol era triunfar nas principais praças portuguesas.
Assim sendo, são os nossos marialvas a prestar vassalagem aos espanhóis e talvez tenham razão porque nos últimos tempos não se pode considerar a Monumental do Campo Pequeno como a “Catedral do Toureio a Cavalo” porque há governantes, autarcas locais e deputados da república que querem proibir as corridas de toiros em Lisboa.
Isto se, e só se, os aficionados deixarem. Eu, que sou só um simples eleitor, digo que não!
Manuel Peralta Godinho e Cunha