O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Hoje, dia 23 de Julho de 2020, faz 100 anos que foi feito o registo oficial de nascimento de Amália, se bem que ela tivesse sempre dito que nasceu em 1 de Julho de 1920.
Sobre Amália Rodrigues já tudo foi dito e escrito e para a generalidade dos portugueses ela terá sido a maior fadista de sempre e a sua voz foi reconhecida como divina nos maiores palcos do mundo.
Para os aficionados ela também foi uma referência importante e assistia com regularidade ao espectáculo português de que tanto gostava.
Na realidade a tourada e o fado sempre estiveram ligados e em geral os retiros onde se canta o fado estão decorados com motivos taurinos e cartazes de toiros.
Nesta foto o forcado João Nunes Patinhas – dos Amadores de Santarém – recebendo de Amália um ramo de flores, depois de ter pegado um dos toiros na inauguração da Praça de Toiros do Montijo em 1 de Setembro de 1957.
A farda do forcado é dele e o barrete uma relíquia que pode passar para um filho ou neto se algum destes pegar toiros.
Mas se a farda é do forcado, a jaqueta é do Grupo e o Cabo entrega-a a quem demonstrou qualidades. Porém quando o forcado se retira do Grupo deve devolver a jaqueta ao Cabo e se isso for em Praça terá um significado especial.
Um significado muito especial é também quando o Cabo se despede e entrega a jaqueta a quem o vai substituir. Esse momento fica gravado na memória dos aficionados e será sempre uma recordação para quem teve o privilégio de assistir.
É um momento taurino que os portugueses entendem e da sua tauromaquia.
Nesta foto de 14 de Junho de 1981 – durante a Corrida TV – Carlos Empis a entregar a jaqueta ao novo Cabo Carlos Grave.
Um momento do historial do Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
Nestes tempos do vírus chinês, que de repente veio afectar a saúde e a economia dos povos, os toiros vão pastando nos campos como se nada de anormal acontecesse e, no entanto, serão os “ganaderos” provavelmente os mais afectados pela crise que paira sobre a tauromaquia e que vêem os seus produtos em direcção aos matadouros sem a passagem pelas arenas.
Este não é nem será o pior momento da história da tauromaquia e do campo bravo que na península ibérica e no sul de França já ultrapassou períodos de guerras civis e mundiais e também outra pandemia há exactamente 100 anos, a tal pneumónica devastadora e de tão má memória.
Toda a fileira do toiro está a ser afectada e naturalmente a imprensa taurina que já teve uma importante baixa com o encerramento de uma revista espanhola que se publicou com regularidade nos últimos 29 anos: “6 TOROS 6”.
Em Portugal a revista “Novo Burladero” teve também que suspender a publicação durante quatro meses e agora reapareceu com a promessa de que, durante algum tempo, será bimestral, um esforço empresarial de âmbito taurino que terá que ter a compreensão dos aficionados.
Sim. cabe aos aficionados a resposta de não deixar cair este baluarte da nossa Festa, se e só se, comprarem a revista neste mês de Julho e também em Setembro e Novembro, com a natural esperança que o “Novo Burladero” volte a ter a periodicidade mensal a partir de Janeiro de 2021.
É o mínimo que os aficionados podem demonstrar neste ano de 2020.
O seu director João Queiroz e a chefe de redacção Catarina Bexiga bem o merecem.