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O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

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Moura /Ventura

Correio do Ribatejo.png

Moura /Ventura

Numa polémica pública e publicada, o rejoneador Diego Ventura fez umas observações pouco apropriadas ao cavaleiro tauromáquico João Moura.

Naturalmente que no semanário “Correio do Ribatejo” de hoje, 30 de Julho de 2021, nos “Ecos do Burladero”, com a assinatura de Ludgero Mendes e num belo artigo denominado “Quando estala o verniz”, faz-se alusão a este triste acontecimento entre dois excelentes interpretes da lide de toiros a cavalo e com o seguinte e oportuno pensamento final:

“Em tempos tão adversos para a Tauromaquia bom seria que as Figuras dessem bons exemplos de cultura e educação, em vez de municiar o argumentário primário dos anti-taurinos com atitudes pouco éticas e honrosas. Admiro e respeito Diego Ventura, como toureiro – apesar de não me rever completamente na sua ortodoxia taurina – mas, não posso tolerar atitudes como as que sugeriram esta nota.”

Manuel Peralta Godinho e Cunha

João Moura-Évora 24.07.2021.jpg

--Na foto João Moura na Arena d’Évora na tarde de 24 de Julho de 2021 onde teve mais um triunfo.

 

 

 

 

 

A ânsia dos votos

António Costa assistindo a tourada - 9.04.2010.pn

Veio agora a ser notícia nos jornais portugueses a coligação dos partidos políticos – Socialista e Livre – para as próximas eleições autárquicas, numa aliança a que chamam de “Mais Lisboa” e com a promessa do partido Livre ficar com o pelouro da Cultura, Conhecimento, Ciência e Direitos Humanos na Câmara de Lisboa.

Sendo a tauromaquia considerada como cultura popular, ficará certamente mal defendida em Lisboa pelo partido Livre, que é manifestamente contra a tourada à portuguesa. Isto se, e só se, a tal coligação ficar em maioria depois das próximas eleições autárquicas.

O que é verdade é que uma grande parte da população de Lisboa e do país em geral gosta da festa dos toiros e isso prova-se quando há transmissões televisivas, onde a audiência é enorme.

Gostar de ver a tourada na televisão é uma coisa e ser aficionado é outra, mas na verdade o número dos que gostam de ver e mais os aficionados, é muito superior aos que não gostam e acham que os outros também não devem gostar.

Recordo, uma vez estando em viagem, parei numa localidade para beber café e verifiquei que estava a ser transmitida uma corrida de toiros da Praça do Campo Pequeno. O estabelecimento estava quase cheio e havia quem estivesse a conversar sem grande interesse na televisão, mas a maioria estava interessada e, quando da actuação dos forcados, havia um silêncio e todos, os menos interessados e os mais atentos, não desviavam o olhar do começo ao fim da pega.

Isso quer dizer, que os portugueses em geral gostam de ver o forcado sereno em frente do toiro e sabem que a pega é um invento nacional.

Os que não gostam são poucos, mas manifestam-se contra a tauromaquia e muito, como é o caso do actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, cuja opinião demonstra o desrespeito pela cultura tradicional portuguesa e nem sequer reflecte a maioria dos socialistas portugueses. Recordo, por exemplo, há uns anos ter visto o socialista Dr. João Soares, quando era presidente da Câmara da capital, a assistir em Olivença a uma corrida de“rejoneio”, onde o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa foi pegar dois toiros...

Muito depois, também recordo ver, numa barreira do Campo Pequeno o socialista Dr. António Costa, em Abril de 2010, a assistir e a aplaudir o que se passava na arena e aparentemente entusiasmado e satisfeitíssimo a condecorar, o cabo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, José Luís Gomes.

A ânsia de captar votos é desmedida nos políticos e há os que trocam de opiniões com grande facilidade. Neste caso, são os que ficam obscurecidos na hipotética contagem dos votos dos anti-taurinos, mesmo que não tenham entendido que as praças de toiros se enchem com público que também vota.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

J.L.Goenes e A.Costa - 2010.png

 

Em Manzanares

Daniel Loque 17.07.2021 Manzanares.png

O  taurino “Canal Castilla la Mancha” proporcionou que fosse visto pela internet a corrida em Manzanares da ganadaria do Conde de Mayalde na tarde de 17 de Julho de 2021 para os matadores Daniel Luque, Sergio Serrano e Ginés Marín.

Eis que saiu o quarto da ordem – segundo para o sevilhano Daniel Luque – que por três vezes fugiu ao cavalo, não obstante o matador o obrigar a receber a única “puya” à quarta tentativa. Muitos terão dito que era toiro que não prestava por não se aplicar nas varas. Mas, quando já na muleta, Luque ensina-o a investir, para uma faena de não esquecer.

Faena séria e profunda, foi executada a esse toiro extraordinário do Conde de Mayalde, que só não premiou com as duas orelhas o “diestro” porque falhou na primeira estocada.

No arrasto o toiro foi aplaudido, não porque o Presidente da Corrida  tivesse mostrado o lenço azul, mas porque o público assim o entendeu.

Belo toiro que não quis varas!

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Um toureiro de Salamanca

TTE - 12.07.2021.Évora Hotel.png

No começo dos anos 80 um rapaz com o nome de Rui Bento, que nasceu em 10 de Abril de 1965 em  Preces, próximo do Carregado (Alenquer), quis ser toureiro e como foi estudar para Vila Franca a sua aficion começou a desenvolver-se, pelo envolvimento taurino daquela localidade mas também por ter como companheiro António Ribeiro Telles, que lhe proporcionou diversas oportunidades de participar em alguns “tentaderos”, onde se exercitava a tourear a pé as vacas que lhe cediam. Aprendizagem que foi sendo complementada com toureio de salão, executado sempre que tinha oportunidade e sob o orientação de Mário Coelho.

Em 1982 inscreveu-se num concurso de toureio a pé que se realizou na Praça de Toiros do Campo Pequeno. Concurso organizado pelo empresário Dr. Manuel Jorge dos Santos e por um programa tauromáquico da RTP. Nesse concurso participaram diversos jovens e Rui Bento saiu vencedor juntamente com José Luís Gonçalves e pouco tempo depois fez a prova para novilheiro na arena da primeira praça do país: Campo Pequeno.

Depois e com a ajuda de Mário Coelho e outros amigos consegue ir viver para Espanha, em Salamanca, e em 1983 e 1984 toureou umas dezenas de novilhadas e quando se apresentou na Praça de Laguna del Duero em Setembro de 1984, numa primeira novilhada com picadores, teve um sensacional triunfo e foi premiado com quatro orelhas e teve a possibilidade de passar a ser apoderado por Simon Carreño que o colocou em diversas novilhadas.Em Abril de 1986 fez a sua apresentação na Praça Monumental de Madrid onde triunfa e onde foi repetido mais duas vezes e em Portugal lida novilhos na Praça de Vila Franca em Outubro desse ano, alternando com Rafi Camiño e Miguel Litri. No ano seguinte Rui Bento actuou em diversas novilhadas em Espanha, França e Portugal, destacando-se também nas bandarilhas, sorte que executava com poder e facilidade.

Recebeu a alternativa na Praça de Badajoz em 25 de Junho de 1988, tendo como padrinho José María Manzanares e o testemunho de Paco Ojeda.

Infelizmente teve uma tremenda colhida em França, em 24 de Julho desse ano, na Praça de Orthez, ao bandarilhar o seu primeiro toiro. Colhida gravíssima que lhe atingiu o nervo ciático.

Porém, devido ao seu temperamento e enorme aficion reapareceu depois de algumas difíceis intervenções cirúrgicas, sempre apoiado pelos amigos e toureiros de Salamanca, nomeadamente por Niño de la Capea.

Também em Portugal toureia diversas corridas, apoderado por Fernando Camacho.

Confirmou a alternativa em Madrid em 14 de Julho de 1991, tendo como padrinho Luís Miguel Campeno e o testemunho de Antonio Mondejar.

Seguem-se diversas corridas em Espanha, Portugal e França, continuando a ser um toureiro querido em Salamanca, onde se despediu de matador de toiros em 21de Setembro de 2000.

Depois integrou a Casa Chopera como gestor taurino, tendo apoderado diversos toureiros.

Um dia e sem esperar por tal, foi convidado para gerir as actividades tauromáquicas do Campo Pequeno desde a reabertura da Praça em 2006 e durante os seguintes 14 anos, sempre com elevado profissionalismo.

Neste momento colabora como assessor na gestão das Praças de Toiros  da Nazaré, Figueira da Foz e de Almeirim, sendo também apoderado de Luís Rouxinol, Luís Rouxinol Jr e João Moura Jr..

Estas e outras memórias foram recordadas na noite de 12 de Julho de 2021, no Évora Hotel, durante o jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense, onde Rui Bento Vasquez foi o convidado de honra.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

 

Na foto, a mesa de Honra no jantar de 12.Julho.2021

António Teixeira, Zeca Pereira, Rui Bento Vasquez, Nico Mexia de Almeida (Cuidador da Tertúlia), Manuel Passanha Sobral e Manuel Calejo Pires.

Emblema da Tertúlia Tauromáquica Eborense.png

 

 

Tauromaquia é Cultura

Fernando Montoya.JPG

No Concelho Nacional de Cultura foi criada uma Secção Especializada em Tauromaquia. Documento assinado pela Ministra da Cultura Gabriela Ferreira Canavilhas, publicado em Diário da República em 11 de Fevereiro de 2010, a Secção é destinada a emitir pareceres e recomendações sobre questões relativas à concretização de políticas, objectivos e medidas a desenvolver no âmbito da tauromaquia.

Secção presidida pelo Inspector-Geral das Actividades Culturais e com as seguintes competências:

  1. a) Apoiar o membro do Governo responsável pela área da cultura no desenvolvimento das linhas de política cultural para o sector da tauromaquia;
  2. b) Acompanhar e efectuar o balanço da temporada tauromáquica, propondo as medidas necessárias ao seu bom desenvolvimento e à correcção de desvios;
  3. c) Apresentar, debater e emitir recomendações que permitam uma constante adequação da actividade tauromáquica às necessidades do sector;
  4. d) Apreciar e debater as propostas legislativas ou regulamentares que lhe sejam submetidas pelo membro do Governo responsável pela área da cultura;
  5. e) Favorecer o diálogo entre todos os agentes ligados ao sector e propor medidas que contribuam para uniformizar práticas e comportamentos que disciplinem e dignifiquem a actividade tauromáquica.

 

No preâmbulo do Decreto-Lei nº. 89/2014 de 11 de Junho  o Estado afirma, de forma expressa, que "a tauromaquia é, nas suas diversas manifestações, parte integrante do património da cultura popular portuguesa. Entre as várias expressões, práticas sociais, eventos festivos e rituais que compõem a tauromaquia, a importância dos espectáculos em praças de toiros está traduzida no número significativo de espectadores que assistem a este tipo de espectáculos".

O Decreto-lei nº. 23/2014, que estabelece o regime jurídico dos espectáculos de natureza artística afirma, no ponto 2), do artigo 2º que a Tauromaquia é uma actividade artística.

- - - - - -

Nota reflexiva:

Gabriela Canavilhas e Graça Fonseca são duas socialistas que foram escolhidas por governos diferentes para o Ministério da Cultura, que tutela a Tauromaquia.

A primeira teve atitudes de grande elevação e é recordada como tendo sido uma Ministra competente e atenta.

A segunda tem demonstrado diversas lacunas e motivos pessoais para no exercício das suas funções prejudicar o sector tauromáquico, tendo sido motivo de diversas controvérsias.

Portanto, o mesmo eleitor socialista e que manteve o voto do seu Partido Político pode notar facilmente a diversidade de atitudes relacionadas com a Tauromaquia, parecendo que votou em Partidos diferentes.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Associação dos Grupos de Forcados – uma realidade

ANGF.png

Nunca fiz parte de uma Associação que representasse os Forcados Amadores porque no meu tempo de forcado nunca ninguém conseguiu fazer uma Associação, Corporação ou Sociedade que defendesse dentro e fora da Praça os Grupos de Forcados nomeadamente no que diz respeito ao incumprimento da parte dos Empresários. Todos falavam dessa necessidade mas na verdade ninguém o conseguiu fazer.

Muito mais tarde, em 1995, recebi a notícia que alguns Grupos de Forcados tencionaram organizar-se para se defenderem face às Empresas que se aproveitavam de uma oferta exagerada de Grupos de Forcados e muitas vezes não lhes pagavam o acordado para as despesas de deslocação. Tentativa então protagonizada pelos cabos dos Grupos de Santarém, Montemor, Lisboa, Évora, Vila Franca de Xira, Alcochete e Aposento da Moita do Ribatejo.

Sei que nesse ano de 1995, por motivos vários, não foi possível a concretização da constituição da Associação mas ficou a ideia da sua necessidade.

Sempre me recordo de ver e ouvir contar do estado desorganizado da nossa Festa, do aparecimento sucessivo de diversas Empresas mais mercantilistas do que aficionadas, com atropelos constantes ao Regulamento; com anúncios de cartazes depois alterados; com incumprimento dos pagamentos aos ganaderos, toureiros e o acordado para custear as despesas de deslocação e jantar dos forcados; sem respeito pelo público que pagava o bilhete. Se havia uma ou outra Empresa com conduta irrepreensível, não era a generalidade. Da Festa e pelos aficionados sempre ouvi dizer que não estava bem.

Assim, em 2002, os Forcados Amadores – que são neste momento o suporte da tauromaquia em Portugal – conseguiram, em boa hora, concretizar a sua Associação que foi constituída e extensiva por e para todos os Grupos.

Penso que a Associação deve ser figurada pelos actuais cabos dos Grupos que a constituem e esses, e só esses, é que devem mandatar quem os deve representar em qualquer tipo de negociação ou acordo.

Com a Associação os Grupos de Forcados Amadores passaram a ter uma posição que não tinham anteriormente face aos Empresários, nomeadamente por aquela ter criado cláusulas contratuais gerais, onde para cada espectáculo terá que ser elaborado um contrato, onde conste o montante a pagar e que está relacionado com o Escalão a que pertence o Grupo (1º. ou 2º.) e a Categoria da Praça (1ª., 2ª. ou 3ª.).

Este terá sido, na minha opinião, o passo mais importante que a Associação deu. Outros se seguiram e outros terão que ser dados sucessivamente.

Haverá muito mais a fazer certamente e devem ser os cabos dos Grupos que constituem a Associação a definirem essas prioridades.

A verdade é que a Associação está criada e estará em funcionamento nos moldes e no tempo que os actuais forcados o quiserem.

Críticas e sugestões podem sempre ser feitas. É sempre assim em tudo na vida.

As críticas maiores que poderei fazer e aos do meu tempo – os dos anos 60 – é que nunca conseguimos fazer uma Associação que defendesse o Forcado Amador.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

“Novo Burladero”

N.Burladero-Julho2021.jpg

Apesar desta crise provocada pelo Covid 19, o vírus chinês, que tem incomodado o mundo e causado enormes prejuízos nas economias de todos os países e naturalmente também em Portugal, onde todo o sector tauromáquico ficou gravemente prejudicado, a revista “Novo Burladero” continua a ser publicada e, nesta edição nº. 380, com o aliciante de um historial sobre a Praça de Toiros de Alcochete.

Interessante a pesquisa sobre a praça de toiros da terra onde se realizam, em Agosto, as famosas Festas do Barrete Verde e das Salinas.

Como escreveu e bem João Queiroz, no Burladero do Director, “é um extenso historial sobre a centenária praça de toiros de Alcochete”.

Um trabalho de pesquisa muitíssimo interessante e bem documentado com fotos de cartazes antigos, que certamente será uma delícia de leitura para os aficionados.

Mas outros motivos de interesse tem esta revista deste mês de Julho, como os excelentes escritos de Bernardo Patinhas, Luís Valença, Pedro Guerreiro, Alberto Franco, Catarina Bexiga, António José Zuzarte, os sempre interessantes “picotazos” de Luís Toucinho e naturalmente as diversas crónicas do director João Queiroz.

Fotos boas e muitas. Não pode ser publicada uma revista de toiros sem a colaboração dos fotógrafos e esta com as assinaturas de Miguel Calçada, Pedro Batalha, Miguel Matias e Fernando Henriques.

Mais uma revista “Novo Burladero” para ler e guardar.

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

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