O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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“Octávio Rebelo da Costa, primeiro subscritor de uma das dez moções que vão ser discutidas no congresso do CDS-PP, defende que o partido deve largar as suas "bandeiras fraturantes", como a defesa da tauromaquia.” (dos jornais em 28.03.2022).
Na Corrida que se realizou em Santarém na tarde de 19 de Março de 2022, a placa com o peso e idade dos toiros foi exibida rapidamente e depois ficou escondida, quando poderia estar visível durante a lide de cada toiro, como acontece em diversas praças de toiros de todo o mundo taurino.
Seria mais um detalhe a acrescentar ao bom trabalho da “Associação Sector 9” que tão bem se estreou com uma boa corrida na Celestino Graça.
Durante a corrida de toiros que se realizou em 19 de Março de 2022 na Praça Monumental de Santarém, com cerca de 10.000 espectadores, destacava-se na trincheira um cartaz com a informação de que o jornal CORREIO DO RIBATEJO apoia a tauromaquia desde 1891.
É verdade!
Há que acrescentar, por ser de elementar justiça, que nas últimas décadas as crónicas taurinas de Ludgero Mendes têm sido publicadas todas as semanas, com uma regularidade impressionante neste semanário scalabitano, com isenção e grande saber. São essas crónicas um legado importantíssimo para quem desejar ter um conhecimento mais profundo do historial tauromáquico da capital do Ribatejo.
Na Biblioteca Municipal de Santarém, que tem um acervo apreciável de livros, revistas e jornais com temas tauromáquicos é possível consultar o CORREIO DO RIBATEJO desde a sua primeira edição.
Botão de rosa, entre as rosas da jaqueta do forcado.
Em Reguengos naquela tarde, tudo consumado.
Escarlates de sangue, serão rosas encantadas?
Flores bonitas, amarelas e quase encarnadas…
No verde da rama, no perfume das pétalas, o cheiro
Da arena, do chão molhado, tinto de sangue quente.
Para Évora, flores da terra, flores do prado.
Depois daquela pega, de garbo, brilhante e valente.
Na praça a multidão agita-se, há música e palmas,
Ao som da vitória, ergue-se o ramo com flores de glória
Botão de rosa, entre as rosas de cores celestiais.
Ramo com cores da terra, quase encarnadas e imortais
Levantadas no chão, embrulhadas na poeira, feitas de valor,
Da garra, no destemor, na nobreza da beleza d’uma pega
Bizarra. De largo, o toiro carrega, numa força derradeira,
Até às tábuas, levando à frente, de rompante, de repente.
Ao som da música, como hino à ética, à decisão, à vontade
Aquele que a morte desafia, com valor e arte verdadeira.
Jaqueta rasgada, ensanguentada, a honra defendida.
Gritos, palmas e mais palmas, no alvoroço da surpresa.
Flores quase encarnadas…de sangue, qual cor perdida
Naquela tarde…com poucos forcados…tanta grandeza.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Poema que compus depois da corrida que se realizou em Reguengos de Monsaraz em 15 de Agosto de 1978, por João Nunes Patinhas, com 42 anos de idade, ter pegado o último e maior toiro dessa tarde.
Corrida à portuguesa com 6 toiros para os Grupos de Montemor e de Évora.
A expectativa era grande, porque o cabo João Patinhas só podia contar com 8 forcados e constava que o Grupo iria acabar.
Os Grupos de Montemor e de Évora fardaram-se no mesmo local e o cabo António José Zuzarte sabendo que o Grupo de Évora, uma hora antes do início da corrida, ainda não tinha os oito elementos para fazer as cortesias, foi ter com João Patinhas e disse que caso fosse necessário ele poderia contar com dois ou três elementos do Grupo de Montemor para ajudar a pegar os toiros.Tal não chegou a ser necessário, porque no início da corrida apareceram dois forcados já retirados – Francisco José Abreu e António Paula Soares – que se fardaram e que completaram o desfalcado Grupo de Évora.
Durante toda a sua vida João Patinhas não se esqueceu desse facto e sempre reconheceu essa nobre atitude de António José Zuzarte com elevação e enorme respeito.
Tarde de glória para o Grupo de Évora, com as pegas realizadas por Luís Caldeira Barradas, João Cortez Pereira e João Nunes Patinhas.
João Patinhas brindou a pega à sua Mãe, depois dirigiu-se à banda da música e mandou tocar. Só depois iniciou o cite ao som de um poso-doble!
No jantar que se realizou no dia 7 de Março de 2022, no Évora Hotel, a Tertúlia Tauromáquica Eborense teve como convidado de honra Gilberto Filipe, cavaleiro tauromáquico e também campeão do mundo de equitação de trabalho.
Neste jantar de tertúlia o convidado fez referência à sua difícil profissão e ao trajecto de vida que o posicionou entre os principais cavaleiros nacionais, mas com projecção internacional, sendo também uma referência como mestre de equitação em diversos países. Deu a entender que mais importante para atingir um objectivo é fazer um trabalho bem feito e esse caminho tem estado a ser realizado desde que, com catorze anos, se dedicou à equitação.
Foi um jantar muito agradável onde todos tiveram a oportunidade de trocar opiniões com o convidado e assim terem a possibilidade de conhecer melhor o percurso de vida – trabalhoso e esforçado – deste excelente cavaleiro.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Na mesa de honra
João Simões, Gilberto Filipe, Nico Mexia de Almeida (cuidador da Tertúlia) e Leandro Flores