O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
Os toiros de José Escolar difíceis e agressivos dificultaram as lides de Octavio Chacón, Alberto Lamelas e Gómez del Pilar.
E foram para Gómez del Pilar os maiores aplausos após a lide do terceiro da ordem, manso perigoso. Premiado com uma orelha,
Também seria para Gómez del Pilar o sexto e foi só na saída, na “sorte de gaiola”, porque aí foi colhido com gravidade tendo seguido para a enfermaria, tal como mostrou o Canal Toros para milhões de espectadores.
Mas Gómez del Pilar deu nota de ser um toureiro valente e capaz de lidar toiros de ganadarias difíceis. Um olé para ele!
Curro Romero, Paco Camino e Diedo Puerta saíram em ombros pela porta Grande de Las Ventas, no final de uma corrida histórica.
Porém, no dia anterior Curro Romero foi preso pela “Dirección General de Seguridad” por se ter recusado a matar um toiro na mesma Praça. Na realidade tinha saído um “sobrero” da ganadaria de Cortijoliva, que Curro disse que já tinha sido lidado e, com quadrilha recolheu aos burladeros antes do terceiro tércio. O Presidente da Corrida deixou passar os 15 minutos regulamentares e mandou prender o toureiro que passou a noite na encarcerado.
Libertado no dia seguinte para poder tourear, depois de pagar uma elevada multa, teve uma actuação meritória e saiu pela Porta Grande.
Aqui está um cartaz de 18 de Junho de 2022 e que é uma extensão da portugalidade em terras mexicanas e a prova que as actuações de forcados portugueses criaram raízes no país azteca desde 1970, quando o primeiro Grupo, comandado por Simão Malta e constituído por Simão Nunes Comenda, Manuel Augusto Ramalho, João Cortes, Armando Félix, Francisco Chaveiro (Grupo de Montemor), João Arnoso (Grupo de Lisboa), António Maltez e Francisco Picão Caldeira (Grupo de Évora), se apresentaram em México.
“A los energúmenos que lanzaron almohadillas con el toro vivo, decirles que se han equivocado de lugar. La Fiesta es un rito diferente, caracterizado por el respeto a la liturgia, a la muerte del toro y la educación. MÁS QUE ATRAER PÚBLICO, hay que FOMENTAR AFICIÓN CABAL, EXIGENTE.”
Não é só dizer que a Praça de Las Ventas é a mais importante do mundo.
Também é necessário que pareça. Quer dizer, deve ser e parecer!
A atitude de dezenas de espectadores terem atirado, ontem, almofadas com o toiro na arena e depois de Paco Ureña ter realizado a melhor faena, não é mais do que estupidez estupidificante.
Expectativa na Praça de Las Ventas cheia, cujo público deve ter saído triste com fraco contributo dos toiros de Victoriano del Rio, mansos e desencastados.
O veterano José María Manzanares teve o pior lote de toiros.
Mas, como em todas as corridas há sempre alguns detalhes toureiros, ficou na memória a confirmação da alternativa de Fernando Adrián, esforçado em querer demonstrar o seu valor apesar da falta de oportunidades que tem tido na sua carreira taurina.
Porém, o que ficou mesmo para o historial de Las Ventas e na memória dos milhares de espectadores da mais importante Praça de Toiros do mundo e milhões de telespectadores do “Canal Toros”, foi a faeníssima de Roca Rey no seu segundo toiro, que o peruano não foi premiado com as duas orelhas por ter estado desacertado com a espada.
Em tauromaquia reconhecimento empresarial não é muito frequente a não ser que o retorno na bilheteira seja mais do que previsível ou troca de favores entre empresas.
O cartel para a corrida de 15 de Maio de 2022 em Madrid está por completar. Os toiros anunciados de El Parralejo (divisa amarelo e verde) serão lidados pelos matadores Curro Díaz e Ginés Marín. Falta anunciar quem irá substituir Emilio de Justo. Deveria ser Álvaro de la Calle que no domingo de Ramos lidou como substituto, com dignidade, cinco toiros de diferentes ganadarias que estavam destinados exactamente a Emilio de Justo que foi gravemente colhido no primeiro toiro dessa corrida.
Na revista Novo Burladero de Maio de 2022, no sábio editorial de João Queroz, há a seguinte referência: “malta jovem que entra e sai da praça constantemente para se ir abastecer de imperiais e molha todos à passagem”.
É verdade e nisso começa a haver alguma aproximação entre os públicos dos futebóis e das touradas. Há alguns anos o público dos toiros era mais comedido, outra compostura. Mais saber estar…
Parece haver uma modificação de comportamentos para pior. O que é pena.