O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Na realidade não se compreende como se pode modificar o nome à Praça Monumental do Campo Pequeno, assim conhecida em todo o mundo taurino.
Houve tempos – depois das revoluções – em que os governos de Portugal trocaram os nomes tradicionais de avenidas, ruas, pontes, etc. Assim aconteceu com os exaltados republicanos depois do 5 de Outubro de 1910 e mais tarde, com os perturbados esquerdistas após o 25 de Abril de 1974.
O caso recente da mudança do nome da primeira Praça de Toiros do país é outra coisa, que nada tem a ver com a política mas sim com negócios relacionados com publicidade de uma marca de cervejas e aceite pela actual administração da Praça de Toiros, avessa à tauromaquia e que está muito mais interessada no aproveitamento para outro tipo de espectáculos, numa perspectiva liberal onde só o lucro interessa.
Não deixa de ser um atentado à cultura tradicional portuguesa e à tauromaquia. Atitude não aceite pela grande maioria dos aficionados.
Há valores nacionais cuja tradição não permite a vandalização das ideias.
Com a morte de Carlos II e sem descendentes directos, a Espanha viu-se confrontada com um problema de sucessão, sendo um dos candidatos o francês Duque de Anjou que depois de diversos confrontos nomeou-se Rei, tendo ficado para a História como Felipe V em Novembro de 1700.
Terminava a Casa de Áustria e teve início a Casa de Bourbon-Anjou.
Em 17 de Janeiro de 1701 a população de Bayona, na Galiza, promoveu uma corrida de toiros em honra do novo Rei, o francês que não entendeu a cultura tradicional espanhola e que mais tarde proibiu os nobres de tourearem a cavalo. A partir daí, o povo desenvolveu o toureio a pé.
Sobre a corrida que se realizou na Praça de Santarém em 8 de Junho de 2003 foram escritas crónicas nos jornais “Correio da Manhã” e “Toiros e Cavalos” respectivamente assinadas pelos taurinos e saudosos críticos João Aranha e Eduardo Leonardo. Não obstante, nem um nem outro mencionaram os nomes dos forcados dos Grupos que, de caras, pegaram os toiros.
Porém, no livro “À Barbela!” – editado em Junho de 2013 – ficou complementada essa notícia, que aqui recordamos de uma corrida que se efectuou há cerca de 20 anos:
Como nem num, nem outro, destes cronistas fez referências aos forcados que executaram as pegas de caras, aproveitamos para deixar em “nota de rodapé” os nomes que foram esquecidos: Diogo Sepúlveda, João Canavarro e Tancredo Pedroso, pelos Amadores de Santarém, todos à primeira tentativa. Rodrigo Castelo, João Camejo (os dois à primeira tentativa) e Fernando Parente (à terceira tentativa) pelos Amadores do Aposento da Moita.
Destaque para João Camejo (4º. toiro ) e Tancredo Pedroso (5º. toiro) pela forma toureira como provocaram as investidas e receberam os toiros.
A pega é, presentemente, o suporte da corrida à portuguesa e o motivo de interesse de muitos jovens aficionados que pagam os bilhetes das nossas praças de toiros. O mínimo que os comentadores taurinos devem fazer nas suas crónicas é, pelo menos, darem a devida referência aos forcados que pegaram.
Em Junho de 2020 o “Concejo de Bogotá” aprovou um projecto dos animalistas que proibia a morte dos toiros na praça e eliminava o uso das varas dos picadores, das bandarilhas e as espadas de matar e a partir dessa data não se realizaram corridas de toiros.
Porém, boas notícias taurinas chegam agora da Colombia, com a informação que a “Corte Constitucional” ordenou restabelecer a actividade normal na praça de toiros de Bocotá, respeitando a essência da Tauromaquia de forma integra, conforme a tradição cultural do povo.