O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Corrida que se realizou na Arena d’Évora, com seis toiros da ganadaria Palha, para os cavaleiros Francisco Palha, António Prates e Tristão Ribeiro Telles. Pegaram em solitário os Forcados Amadores de Évora, com pegas de caras realizadas por João Madeira (1ª); Henrique Burguete (2ª); Ricardo Sousa (2ª); António Prazeres (3ª),João Cristóvão (2ª) e José Maria Caeiro (2ª).
Nas fotografias: João Madeira na sua despedida de forcado amador.
Poema destinado aqueles que se levantam constantemente dos seus lugares para irem comprar cervejas; falam alto durante as lides; gritam repetidamente a pedir música e são insensíveis aos rituais de uma arte que faz parte da cultura portuguesa.
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Na fotografia. O cavaleiro João Moura Jr., na Arena d’Évora em 23 de Março de 2024
Em 16 de Junho de 2024, realizou-se uma corrida de cinco toiros de Jandilla e um da Vagahermosa em memória do matador Antonio Chenel “Antoñete”, para os matadores José María Manzanares, Alejandro Talavante e Paco Ureña.
Saíram à praça dois toiros sobreros de El Pilar.
Paco Ureña quando lidava o último toiro, da ganadaria de Jandilla – o único toiro que saiu encastado e bravo – colheu o matador, que caiu sobre o ombro esquerdo na arena. Porém, quando era transportado para a enfermaria, quis terminar a fena, não obstante estar com enormes dores, mas conseguiu executar boa estocada e foi premiado com a única orelha concedida nessa tarde.
A Praça teve a lotação esgotada, com 22.964 espectadores.
No começo de Junho de 2024 a notícia alarmante para a tauromaquia espanhola: Morante decidiu interromper a temporada e já não compareceu em Madrid, na Corrida de Beneficência, em que estava anunciado. O seu apoderado informou que o matador está com uma profunda tristeza. Os médicos diagnosticaram uma forte depressão e recomendaram não tourear enquanto a saúde não o permita.
Além das corridas que estava anunciado para Junho e Julho, Morante não deverá estar presente em 15 corridas em Agosto (Azpeitia; Huelva; Puerto de Santa María (2); Huesca, Pontevedra; San Sebastián; Málaga; Alfaro; Gijón; Tomelloso; Bilbao (2); Almagro e Torazona de Aragón).
Em 10 de Junho de 2024 realizou-se na Praça Monumental de Santarém uma corrida de toiros das ganadarias de Murteira Grave e de Álvaro Núnez, para os cavaleiros João Moura Jr. e João Ribeiro Telles; Forcados Amadores de Santarém e de Montemor; matador Andrés Roca Rey. Duarte Silva fez prova para bandarilheiro profissional.
Organização impecável da corrida da responsabilidade da Associação Sector 9.
A Corrida de Beneficência, considerada uma das mais importantes do calendário taurino de Espanha, teve a presença de Sua Alteza Real a Infanta Elena, na tarde de 9 de Junho de 2024 em Las Ventas. Corrida onde actuaram os matadores Sebastián Castella e Fernando Adrián.
Fernando Adrián foi premiado com uma orelha no seu primeiro toiro e com uma outra no seu segundo, abrindo a Porta Grande.
Os dois matadores brindaram as lides dos seus primeiros toiros à Infanta Elena.
Borja Jiménez teve duas valorosas actuações em 7 de Junho de 2024 na Praça Monumental de las Ventas. No seu primeiro toiro, da ganadaria de Victoriano del Rio, apesar de enorme e ruidosa petição para lhe serem concedidas as duas orelhas, só recebeu um troféu. O presidente da corrida José Luis González, com esta atitude, estava a recusar a saída do matador pela Porta Grande.
Porém no seu segundo toiro – um sobrero de Torrealta – Borja Jiménez teve novo triunfo, numa faena valorosa e, não obstante de matar à segunda tentativa, foi-lhe concedida uma orelha com grande petição do público. Reabriu-se assim a Porta Grande.
Há quem esteja inquieto, querendo diminuir os tempos nas corridas de toiros, reduzindo ao máximo os momentos, como acabar com os acordes do Hino da Maria da Fonte; o bandarilheiro deixar de levar o ferro comprido, atravessando a arena, para o entregar ao primeiro cavaleiro; reduzir a troca das montadas durante as lides no toureio a cavalo; terminar com as voltas à arena e substituí-la com um rápido agradecimento nos médios; acabar com o intervalo, etc. Portanto, tudo mais à pressa.
Outros, mais conservadores, consideram que a corrida de toiros tem rituais, leva os seus tempos que se devem manter e gostam de chegar antes e demorar algum tempo depois da corrida para conversar com os Amigos.
Nesta primeira segunda-feira de Junho realizou-se o jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense na Pousada dos Loios, tendo sido o convidado de honra o cavaleiro Rui Salvador, que se fez acompanhar pelo seu apoderado de sempre José Carlos Amorim.
Rui Salvador – apelidado como o “cavaleiro dos ferros impossíveis” – faz exactamente este ano, 40 anos de cavaleiro tauromáquico profissional e recordou o seu início de cavaleiro amador, quando deu início à sua aprendizagem, na Quinta do Falcão em Tomar, com os preciosos ensinamentos de cavaleiro Gustavo Zenkl, dos bandarilheiros José Tinoca e Manuel Barreto e, mais tarde, o cavaleiro José Cortes, que o ajudaram a ser uma das principais figuras do toureio a cavalo, alternado com todos os cavaleiros e em todas as praças do país.
Rui Salvador recebeu a alternativa em Agosto de 1984 na Praça Monumental do Campo Pequeno, tendo como padrinho José Mestre Batista e com o testemunho de João Moura, cavaleiros que para ele foram sempre as suas referências no toureio a cavalo.
Passaram 40 anos de alternativa e épocas inolvidáveis onde utilizou mais de 200 cavalos de toureio.
Por opção própria não lidou em Espanha – por não querer matar os toiros – mas actuou em França, nos Estados Unidos e em Macau.
Sobre essa ida inesquecível a Macau, o seu apoderado José Carlos Amorim também recordou diversas peripécias interessantes da viagem e aspectos das corridas lá realizadas.
Foi um excelente jantar de tertúlia muito interessante, com diversas intervenções dos aficionados presentes que gostariam de ver Rui Salvador actuar em Évora, em Outubro, neste ano da sua despedida.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Junho de 2024
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Na fotografia, o cavaleiro Rui Salvador, Nico Mexia de Almeida – cuidador da Tertúlia - e o apoderado e aficionadíssimo José Carlos Amorim.