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O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

Triunfo em Santander

 

santanderhombros-Jul.2024..jpg                                                                                                                         

Em Quatro Caminhos triunfo maior

Com o toureio de Ponce na despedida

Morante de la Puebla bem melhor

Depois de notícia de época perdida

 

Fernando Adrián surpresa agradável

Motivado e valente no meio de figuras

Enrique Ponce em lide inigualável

Morante sereno, verónicas seguras

 

Tarde de toiros para a história

Em Santander para não esquecer

Registo taurino p’rà memória

 

Saída dos matadores com alegria

Porta Grande de grande querer

Público aplaudiu em euforia                                            

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024

       

- - -

Corrida inesquecível na Praça de Toiros Quatro Caminhos, em Santander, com a lotação esgotada de mais de 10.000 lugares, realizada em 23 de Julho de 2024, triunfo de Enrique Ponce, Morante de la Puebla e Fernando Adrián, frente aos toiros da ganadaria de Domingo Hernández.

 

Praça de Santander

Hino Nacional -Praça de santander-22.07.2024.jpeg                                                             

Em Santander guardam-se tradições

Naquela arena espanhola de emoções

O público levanta-se com respeito

Para em silêncio ouvir a Marcha Real

Música solene do seu Hino Nacional

Num saber estar natural e perfeito     

 

Porque a Festa tem rituais e valores

De altruísmo e abnegação superiores

Consideração pelos toureiros

Admiração nos momentos de saber

Por quem nas lides sabe merecer

Aplausos solenes e verdadeiros

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024

 

 

   

Reaparece Morante

Morante - o maior.webp                                                                

Reaparece em Santander, quem diria,

De Domingo Hernández a ganadaria

Com outros dois matadores

Morante de La Puebla, anunciado

Na corrida mui bem integrado

Para gáudio dos admiradores                                                              

 

Ponce e Fernando Adrián no cartaz

Corrida de ganadaria eficaz

“Que Deus reparta sorte”

Se confirmem as espectativas

Depois haja mais corridas

Lembradas para além da morte

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024

- - -

Morante de la Puebla informou em Junho passado de que iria interromper a temporada porque os médicos tinham-lhe diagnosticado uma forte depressão.

Porém, agora a notícia na comunicação social dizendo que o matador já está restabelecido e que irá reaparecer na “Feria del Norte”, dia 23 de Julho de 2024.

Uma excelente notícia!

Olé maestro!

Banda  Municipal Mouranense-Évora 20.07.2024.jpeg                                                                         

Não acontecia há algumas corridas! A Arena d’Évora teve hoje a honra de abertura com a Banda da Música a interpretar os acordes do “Hino da Maria da Fonte”, Hino que começou a ser tocado no reinado de Dona Maria II, quando foram restabelecidas as corridas que tinham sido suspensas durante nove meses pelo Partido Setembrista – a esquerda desses tempos – e essa música passou a ser um aviso aos anti-taurinos, numa manifestação de apoio à tauromaquia.
 
De aí em diante, os acordes do “Hino da Maria da Fonte” passaram a ser tocados em todas as Praças de Toiros de Portugal, quando entra o Director da Corrida – antes denominado Inteligente – por vontade popular e assim continuou durante a Primeira República, a Ditadura Militar, o Estado Novo e nesta Terceira República.
 
Porém, muito recentemente, nalgumas Praças de Toiros, a “Maria da Fonte” deixou de se fazer ouvir com a estranheza e desconfiança dos aficionados. Isso estava a acontecer em Évora e também em Montemor.
 
Mas parece que este assunto foi resolvido. Parabéns à Banda da Associação Filarmónica Liberalitas Júlia.
 
Um olé para o maestro António Alfaiate!
 
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Julho de 2024

Pablo Hermoso-Évora 20.07.2024.jpeg                

Pablo Hermoso, na despedida da Arena d’Évora, onde foi o grande triunfador

da corrida que se realizou em 20 de Julho de 2024

                                                                                                                                                                                                                

 

 

 

 

Público e toureio

Manolete.jpg                                                                                                                                                           

 

Cada público seu toureiro

Manolete foi o primeiro

Em Espanha e nas Américas

Cada toureiro seu público

Dominguín diz-se único

Nas crónicas genéricas

 

Manolete idolatrado

Depois mui maltratado

Venerado depois da morte

Dominguín levantou o dedo

Número um sem segredo

Mais valor do que sorte

 

Apareceu então nas arenas

Com atitudes não pequenas

El Cordobés sorridente

Rebelde e provocador

Fenómeno sim senhor

Com público maldizente

 

Do toureio a pé a arte

De um valor à parte

Estes três matadores

De grandes tardes

Diferentes realidades

Das lides conhecedores

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024

- - -

Nas corridas de toiros ao uso de Espanha há sempre a considerar três protagonistas: o toiro, em primeiro lugar - sem ele não há espectáculo tauromáquico - o toureiro e o público.       

Esse público, que nas bancadas envolve a arena tem, por vezes, atitudes estranhas. O mesmo público e para o mesmo toureiro eleva-o, aplaude, mas também assobia, insulta e torna-se mais perigoso do que o toiro.

Aconteceu isso com Manuel Rodríguez “Manolete”, que foi ovacionado e idolatrado no período de tempo que decorreu entre 1939 e 1944, mas a partir de 1945 o público começou a exigir mais, severo nas críticas e por vezes com insultos, o que motivou o matador ir para a América, principalmente no México, onde esteve nas temporadas de 1945 a 1947 e com enormes êxitos. Quando regressou a Espanha, voltou a ouvir insultos, com rancor e ódio, tendo desabafado numa entrevista: “Mi piden más do que yo puedo dar!” Porém, após a colhida em 28 de Agosto de 1947 em Linares, morre na manhã seguinte e o mesmo público que o tinha idolatrado  e odiado, transforma-o em ídolo nacional, chora  e faz luto, numa enorme homenagem.

Em 1944, aparece um novo matador chamado Luis Miguel “Dominguín”, provocador e vaidoso, que arrebata o público, desafia os outros toureiros e os empresários, mas enche as praças e se faz aclamar como o primeiro e único. Porém, depois da morte de Manolete, Dominguín também é insultado, mas com o seu toureio magistral, impõe-se ao público, que divide opiniões. Depois resolve retirar-se aos 27 anos, com 10 anos de matador. Volta às arenas em 1957 e nos anos seguintes reparte triunfos com o seu cunhado Antonio Ordóñez, retirando-se definitivamente em 1961 com aficionados a seu favor e também contra, mas a esses é ele mesmo que os provoca e nunca as atitudes menos correctas do público o fizeram condicionar na sua arte.

Nos anos 60 aparece um “revolucionário” do toureio- Manuel Benítez “El Cordobés” primeiro contestado com o seu toureio meio louco, mas depois enche as praças com aficionados que o aplaudiam e outros o assobiavam, com curiosos e muitos turistas. Passa a ser o toureiro mais conhecido em todo o mundo!

    

 

Pamplona em festa

Pamplona.2024.png                                                                                                                                    

Brancas as vestes das gentes

Alegria, sorrisos crentes

Lenços garridos encarnados

Toiros a galope nas ruas

São os afamados Miuras

Trajes brancos manchados

 

Corridas sempre esgotadas

Com figuras afamadas

Durante São Firmino

Cantigas tradicionais

Cantadas em vários locais

Entoadas como um hino

 

Sorrisos e boa animação

Gritando sua afirmação

Do povo de Navarra

Merendas e brincadeiras

Alegrias verdadeiras

Em festa tão bizarra

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024

                                                                                                           

Pamplona-Praça de toiros 2024.jpeg

Silêncios

                                                                  

cite.jpeg                                                         

Silêncio na praça total

De respeito, de moral

Ao cite do forcado

Mostrar-se com saber

Frente ao toiro, conhecer

Estar bem colocado

 

Silêncio na praça total

Instante monumental

De espera e ansiedade

P’rò forcado na pega

No grupo que agrega

Momento com dignidade

 

Na praça silêncio total

Quando faena no final

Perante sorte suprema

Matador aponta a espada

Com tarde recordada

Cantada num poema

 

Na praça silêncio total

Do público o sinal

De expectativa com efeito                           

“Fazendo a cruz” perfilado

Com o toiro bem quadrado

Num “estocanazo” perfeito

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2024                                                                                                                                                                                                                                                                                                        

estocada.jpeg             

Na corrida de toiros à portuguesa deve haver silêncio quando do cite do forcado na pega de caras. O mesmo silêncio deve ser observado, na corrida de toiros ao uso de Espanha, quando o matador se perfila para executar a sorte suprema.

 

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