Toureiros de aroma
De aroma verdadeiro, há toureiros
Alguns com aquele génio majestoso
Curro Romero e De Paula os primeiros
Movendo o capote em estilo rigoroso
Depois Curro Díaz e outras figuras
Como Juan Ortega, da mesma arte
Deixam imagens como pinturas
Nas arenas do mundo, em toda a parte
Mestres no saber lancear o capote
Ficam na história para além da morte
Com a muleta, faenas de não esquecer
De sonho, sublimes, imponentes
Com aquele perfume de enaltecer
Aromas taurinos, apurados, diferentes
Cartazes de toiros, artistas especiais
Verdadeiros fazedores de sensações
No toureio com diferentes sinais
Do imaginário, sentimentos e emoções
Da vida, do sublime, tão perto da morte
Desses toureiros que desafiam a sorte
Dos lentos “naturais” e “passes de peito”
Que fazem suspender a respiração
Revelam, abrem, mostram o efeito
Deixando tal aroma na multidão
Maravilha que se passa na arena
Depois aplauso vigoroso, penetrante
Talento, arrojo e perfeição serena
De todos há um nome sonante
Morante de la Puebla e andaluz
Toureio profundo, aroma que seduz
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Agosto de 2024
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No toureio a pé ao uso de Espanha, há matadores que lidam qualquer toiro com valentia, intrepidez e denodo. Alguns até bandarilham.
Há, porém, alguns, num outro estilo de toureio, também arrojado, mas mais artista, que não toureiam tudo o que aparecer, mas sim o toiro que lhes permite luzimento dentro de um critério artístico a que é chamado “toureio de aroma”. Desta forma destacaram-se, entre outros, Curro Romero, Rafael de Paula, Morante de la Puebla, Curro Díaz e Juan Ortega.
