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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

César Rincón – Viva Colômbia!

César Rincon-Madrid 1991.jpg                                                                                                                          

Recordamos César Rincon em glória

Madrid, na Porta Grande, uma vitória

Triunfo não uma, nem duas ou três

Quatro as vezes em ombros, sem igual

Na primeira tarde mostrou entrega total

Colombiano, triunfo mais de uma vez  

                                                

No dia seguinte com o “Alentejo” de Murteira

Valente, determinado, atitude bem toureira

Duas orelhas, prémio e em ombros a saída

Arrojado, arriscando a vida sem indecisões

Aparecia um toureiro verdadeiro de emoções

Ritmo, poder, valor, firmeza não sabida

 

Depois, na Corrida de Beneficência também

Alternando com Ortega Cano, esteve bem

Com toiros de Samuel Flores, medonhos

Êxito triunfal, temple e muito poder   

Mostrando ao público saber querer          

Triunfo maior do que quaisquer sonhos     

    

Com toiro de Sepúlveda na Feira de Outono

Colossal faena de emoção, sem abandono

Do classicismo e grande emoção toureira

No quinto, de Moura, solene, de respeito    

Passes em redondo, profundos de belo efeito    

Quarto triunfo em Madrid de enorme craveira                                                                                                                   

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Em 1991 o colombiano César Rincon teve enormes êxitos na Praça de Toiros Monumental de Madrid, tendo saído em ombros por quatro tardes consecutivas, o que mais nenhum toureiro conseguiu igualar este feito na mais importante praça do mundo.

O público de Madrid gritou: “Olé César Rincon! Viva Colômbia!

 

Sítio de toureio

Curro Díaz..jpeg                                                                                                                                                                  

Quando na arena se colocar

Bravura e poder a considerar

Cada toiro, há que saber

Onde deve estar o toureiro

Entender as querenças primeiro

Seu sítio verificar, conhecer

 

Mostrar-se sabendo parar

Templar e no toiro mandar

Saber ponderar a distância

Carregar a sorte também

Fazer tudo como convém

Num toureio de elegância

 

Deixar-se ver, dar vantagem

Sereno, manter a coragem

Frente ao toiro, a colocação

Com mais ou menos recorrido

Diferente distância faz sentido

Estocada, limpa, na perfeição

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Como escreveu Gregório Corrochano: “Cada toro tiene su sitio, según su bravura, su poder y hasta sus querencias.”

 

Na fotografia o matador Curro Díaz

 

Meia-verónica de Juan Ortega

Juan Ortega-Meia verónica..jpeg

Num toureio de entrega

Se não conhece ou não sabe

Este toureiro de respeito

D’um estilo que não acabe

Detalhe de lide, o conceito

Na arena, tempo a parar

Imagem ínfima na memória

Meia-verónica, lenta, a rodar

Lance que fica p’ra história

Quem não viu não imagina

Juan Ortega num relance

Figura toureira, arte fina

Com o toiro a seu alcance

Lide triunfal, verdadeira

Quem não viu, só perdeu

Não terá outra maneira

Se tal aconteceu…

E Ortega não conhece

Seu capote fascinante

Nas arenas, se apresse

Ver lide assim marcante

Imagem fica gravada

Linda, acima de sonhada

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Dos intérpretes do toureio, nos mais jovens. demarca-se Juan Ortega, um excelente lidador que se destaca no modo tão sevilhano, elegante, no manejo do capote. É uma sólida realidade do toureio em Espanha.

 

 

Francisco Rivera "Paquirri"

 

Paquirri...jpeg                                                                                                                                                                                                                               

 

Pazoblanco cartel maldito

Na praça ouviu-se grito

Após a colhida, inquietação

Má sorte de Francisco Rivera

Luto profundo à Festa trouxera

“Paquirri” caído, sangra no chão

 

Toiro “Avispado” e a cornada

Espreita a morte já avisada

“Paquirri”, semblante sereno

Retiram-no da arena ferido

Depois do toiro ter acometido  

Ao matador no seu terreno

 

Angústia e aflição na trincheira

Perante realidade tão toureira

Frente à morte com dignidade

Há silêncio, cala-se o público

Adeus p’ra um toureiro único

Símbolo imortal com verdade

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Francisco Rivera “Paquirri” faleceu em 26 de Setembro de 1984  após a colhida quando alternava com El Yilo e El Soro, na corrida que ficou conhecida para o historial da tauromaquia como “Cartel Maldito de Pazoblanco”.

Passaram exactamente 40 anos depois da trágica colhida quando lidava o toiro “Avispado”, da ganadaria de Sayleroy y Brandrés.

 

 

Fotografia:  Archivo Arjona

Êxito passageiro - momentos

GFAE-Campo Pequeno -Agosto 2020.png                                                                            

 

Momento de pega de caras

Registo de imagens não raras

Forcado frente ao toiro a sorrir

Instante veloz de uma pega

Com o grupo em total entrega

Público em pé a aplaudir

 

Toiro, na praça, dominado

Sempre bem rabejado

Triunfo desejado, fascinante

Saber sair, com conceito  

Olhando p’rò toiro a preceito                                                                      

Aplauso do público sonante

 

Sempre fugaz o êxito taurino

Uma boa vara de campino

Sinal viril, bem demarcado

Toiro assim retirado da arena

Maneira bem discreta, serena

Aplauso mui forte, escutado

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Os aplausos nas corridas são sempre fugazes do momento, como do momento são os detalhes taurinos.

Para os forcados os aplausos são a única compensação de terem estado em frente dos toiros. Para eles isso basta, como recompensa de um instante tão curto de um momento tão grande.

 

 

                                  

Tertúlia Tauromáquica Eborense – Jantar de Setembro de 2024

TTE - Jantar de Setembro de 2024.jpeg                                                                 

A ganadaria de Brito Paes foi fundada em 1960, com procedência Filipe Malta e mais tarde dividida por dois herdeiros: António Raúl Brito Paes e Joaquim Brito Paes.

Foi exactamente o Engº. Joaquim Brito Paes que esteve em Évora na noite de 9 de Setembro de 2024 – na Pousada dos Loios – como convidado de honra da Tertúlia Tauromáquica Eborense. Jantar que foi uma agradável reunião de aficionados, onde se trocaram diversas opiniões sobre a criação e selecção de uma ganadaria de bravo e o testemunho de quem conduz essa ganadaria há 12 anos.

O convidado explicou o seu critério de selecção da ganadaria e respondeu a diversas perguntas, num ambiente de perfeita tertúlia taurina.

Mais uma vez em Évora o tema principal das conversas esteve relacionado com o toiro de lide e onde se ficou com a certeza de que, com ganaderos assim, a Festa Brava é para continuar em Portugal.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

 

 

Despedida de Pablo

Pablo Hermoso-C,Pequeno 5.09.2024.jpg                                                                                                                                                          

Em homenagem justa à despedida

Ansiedade, tristeza, desespero

Mescladas imagens de valor na partida

Alegria. Felicidade era exagero

Mudança p’ra outra passagem da vida

Adeus ao que foi, nem será, já não é

Começa a saudade, assim tão sentida

Turbilhão de visões do futuro com fé       

Catedral do toureio a cavalo é Lisboa

Campo Pequeno, grande aplauso soa

                                                  

Pablo, toureiro mais que rejoneador 

Pablo Hermoso, não mais esquecido

Navarro, cavaleiro, óptimo equitador

Marcou nas arenas estilo enriquecido

De frente, cite sério, verdadeiro

Na Ibéria fica nos anais dos notáveis

De Espanha considerado o primeiro

Montadas, sem esquecer, incomparáveis 

Em todas as praças do mundo elogiado

Lisboa, a principal, muito aclamado        

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024     

- - -

Pablo Hermoso de Mendoza, não é só um bom rejoneador, mas sim cavaleiro tauromáquico que em Portugal actuou muitas vezes, alternando com os melhores cavaleiros e a lidar ao estilo português, de frente e dando vantagem aos toiros.

Despediu-se na noite 5 de Setembro de 2024 da afición portuguesa na Praça Monumental do Campo Pequeno que é a Catedral do Toureio a Cavalo, depois de emocionante actuação saiu em ombros.

 

                

 

Antigas recordações

Manuel P.Godinho e Cunha-1947.jpg                                                                                                               

Procuro, revolvo a memória envelhecida

Recordando quando a ver toiros comecei

Imagens confusas da minha vida

Na primeira vez, numa praça entrei

Criança, não sei bem qual a idade

Sei que foi em praça de toiros antiga

No pensamento imagens de saudade

Acompanhado por certo de gente amiga

Que entrava cumprimentando cavaleiros

Forcados, aficionados e bandarilheiros

 

Trajes, alamares, misturas de cores         

Arreios de cortesias, capotes bordados                    

Lindas meninas, com ramos de flores

Em praça apenas um grupo de forcados                                                         

Cavalos com crinas entrançadas

Reluzentes jaquetas ao sol fulgurante   

Cintas dos campinos bem ajustadas            

Banda da música tocando vibrante

Deslumbrado fiquei muito atento

Admirado, aguardando o momento

 

Cavalos a ladear cruzam posições

Naquelas cortesias à portuguesa

Todos atentos, vibram corações

Expectativa de festa com certeza

Silêncio de respeito, multidão serena

Levando ferro comprido ao cavaleiro

Peão de confiança atravessa a arena

Começa a corrida, com o toiro primeiro

Lembranças cada vez mais distantes

Esbatidas em recordações ressoantes

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2024

- - -

Comecei a ver touradas, muito cedo, com quatro ou cinco anos, na praça de toiros das Caldas da Rainha, quando em Agosto íamos em férias para a Foz do Arelho.

Tenho em mente, umas misturas de imagens desses tempos tão distantes.

 

 

Na fotografia: o autor com 4 anos de idade (1947)

 

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