Carta aberta a Sérgio Sousa Pinto
Caro Sr. Sérgio Sousa Pinto
Gostei, muito, do seu artigo “Marrada derradeira”, publicado no semanário Expresso de 14 de Julho de 2018 e que só agora, tardiamente, faço referência, porque o seu escrito deveria ter tido logo direito a “volta a arena” mas fui adiando este meu agradecimento sem motivo justificável.
Agradeço eu e também outros aficionados o deveriam ter feito, “saído ao quite”, logo a seguir à publicação da “Marrada derradeira” relacionado com a votação no Parlamento sobre a “proibição da tourada” posta á votação por sugestão do Senhor dos Animais que já tendo conseguido a introdução dos cães nos restaurantes queria agora a retirada dos toiros das arenas.
Portanto quero manifestar o meu apreço pela sua coragem ao escrever e publicar algo sobre a tauromaquia o que já não se vê muito, por os articulistas gostarem de estar ao lado do que parece politicamente correcto.
Como disse e bem: “As touradas são permitidas. Vai quem quer.”
Tanto mais que é um espectáculo à porta fechada.
Mas o que mais admirei no seu texto, foi aquele “remate final” relacionado com os abolicionistas, que vão também, embora fiquem lá fora “como testemunhas de Jeová em crise de zelo” e “A polícia mantém a ordem e assegura a paz e as liberdades públicas. Uns e outros, infinitamente mais civilizados do que os arruaceiros das claques do futebol. É num país assim que vale a pena viver. É este o grande consenso fundamental. Todos cabemos nele.”
Nem mais!
Os meus cumprimentos e as melhores saudações taurinas.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Santarém, 12 de Setembro de 2018