Manifestações
Há manifestações e manifestações, quero dizer que o direito à indignação deve ser e é um motivo das populações fazerem chegar mais longe o que lhes parece ser um abuso e por isso serem ouvidas, aproveitando os meios de comunicação para lhes fazerem eco.
Porém quando há opção dessas mesmas populações não seguirem ou aderirem a determinada ideia, sugestão ou caminho, não parece haver necessidade de manifestações. Quem quer vai, quem não quer fica.
Isto a propósito de manifestações perfeitamente evitáveis e que parece terem sido promovidas por fundamentalistas mais com a intenção ou vaga hipótese de aparecerem nas televisões a gritar, apitar e saltar. Como é o caso de quem se quer manifestar publicamente contra uma vacina ou contra um determinado espectáculo realizado à porta fechada e cuja entrada é paga.
Quem não quer ser vacinado, não é e ninguém o obriga.
Quem não quiser ver uma tourada, não compra o bilhete.
Parece ser simples.
Mas há sempre os que não querem e a querer recomendar aos outros para não quererem também. Esses têm atitudes pouco tolerantes, obstinações anti-sociais e muito monolíticas.
Manuel Peralta Godinho e Cunha