O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Gostaria de ter estado hoje em Bilbau, na Praça de Vista Alegre, para ver e aplaudir o veteraníssimo Enrique Ponce a cortar duas orelhas no seu segundo toiro, depois de uma bela faena e uma estocada imponente; gostaria de ver e aplaudir também o pundonor de Cayetano Rivera a reivindicar as cores da bandeira de Espanha nas bandarilhas; presenciar a determinação do jovem Ginés Marín num poderio de arte que o irá, certamente, situar ao lado das maiores figuras do toureio num futuro muito próximo.
Uma corrida de Victoriano del Rio com toiros bem apresentados, encastados mas díficeis.
A Espanha é um país de várias nações com lutas nacionalistas em determinadas regiões e com um passado de triste memória no País Basco numa luta armada traiçoeira encabeçada por uma ETA criminosa que deixou abertas feridas de medo difíceis de esquecer. E lá, muitos a favor de uma independência, não aceitam a cores da Espanha como unidade nacional. Muitos outros querem uma Espanha unida. Não é a primeira vez que as cores espanholas são contestadas nas bandarilhas na Praça de Toiros de Bilbau. Cayetano teve essa coragem ao ordenar que dois dos pares de bandarilhas fossem com o adorno de encarnado e amarelo e foi aplaudido de pé pela maioria dos espectadores.O outro par de bandarilhas com a cor branca pela paz entre os povos de Espanha.
Vi a corrida na televisão transmitida pelo Canal Toros. Se por um lado fiquei com pena de não ter estado na Praça de Vista Alegre para aplaudir os momentos que mais me sensibilizaram, por outro lado tive a oportunidade de ver e rever as excelentes imagens transmitidas pelas diversas câmaras televisivas. Imagens de grande qualidade e rigor técnico só possíveis por terem sido captadas por grandes profissionais com enorme entendimento da tauromaquia.
Madrid - Feira de Santo Isidro 2016 – Corrida da Imprensa
O matador Manuel Escribano brindou ontem a faena de um dos seus toiros a Cristina Cifuentes Cuencas, presidente da “Comunidad de Madrid”.
Depois a presidente foi entrevistada pelo Canal Toros e fez uma bela defesa à tauromaquia que foi transmitida em directo para todo o mundo taurino.
Assim se defende uma arte que faz parte da cultura ibérica e proporciona efeitos positivos na economia espanhola.
Nem todos os políticos têm essa coragem. Muitos têm medo de perder os votos dos anti-taurinos. Porém fazem mal as contas, porque os aficionados e os que gostam de assistir ao espectáculo de toiros são em número muito superior.
Os que brandam e gritam em bicos dos pés e que desejam a extinção das touradas, aflitos pelo sangue derramado pelos toiros, terão as suas razões, não obstante poucos deles saberem do que falam – porque nunca assistiram a uma corrida de toiros – e quase sempre estão indiferentes à aflição dos humanos ao seu lado, carenciados, doentes e pobres e muito mais desinteressados pelas crianças feridas, mal tratadas e abandonadas vítimas dos diversos conflitos mundiais.
Tal como se lamentou este mês o Papa Francisco, preocupado com “os que só sentem compaixão pelos animais e indiferença pelo vizinho”.