O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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De 28 a 31 de Agosto de 2017 decorreram as tradicionais Festas de Barrancos, a tal vila aficionada, alentejana e encravada nas terras de Espanha, onde se realizam anualmente os tradicionais festejos e com toiros de morte.
O caso de Barrancos, tão falado no começo deste século com as televisões apontadas em directo, apesar de ter sido um caso de sempre, não é mais do que um festejo taurino, do povo, sem interesse empresarial, onde são lidados alguns novilhos e mortos a estoque em arena improvisada.
Na realidade a lide desses novilhos não é à espanhola nem à portuguesa, não existe a sorte de varas e as reses são estoqueados no final das lides, sendo a carne para o povo. Não obstante, é uma festa taurina com mais afinidades a Espanha do que a Portugal, porque os novilhos são lidados a pé e não a cavalo, são estoqueados e não são pegados. Em Barrancos não há a mais portuguesa manifestação tauromáquica: a pega.
Depois dos disparates pseudo-folclóricos de gentes de fora do Alentejo, antitaurinos, animalistas, veganos e assexuados, que em excursões se dirigiam a Barrancos para gritar e ofender o povo da vila, fazendo tristes figuras, querendo a abolição das touradas, devidamente protegidos pelos Guardas Republicanos que tinham que tomar conta deles, foram estas touradas consideradas legais, em regime de excepção desde 2002. Barrancos passou a ter toiros de morte!
Não se sabe se foi melhor para Barrancos, porque desapareceu a publicidade exagerada e gratuita das televisões, jornais e revistas, mais interessadas nas notícias toscas e grosseiras e que levavam a Barrancos gente muito admirada com as tradições daquela vila. Gente que depois deixou de ir.
Depois da legalização desse tipo de touradas, desmobilizaram-se os cronistas, entristeceram os animalistas, continuaram a empalidecer os vegetarianos, diminuíram as excursões e os barranquenhos mantiveram-se a fazer as suas ancestrais festas tradicionais – em honra de Nossa Senhora da Conceição padroeira da vila e também de Portugal – sem ouvir mais aquela gente de fora dizer o que eles tinham que fazer.