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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

Ser forcado amador

Grupo de Montemor...jpg                                                                                                                                                                                   

Na Festa nada de figurantes

Fardam-se forcados para pegar

Na arena evitar pedantes

Modelos fingidos, p’ra mostrar

Para as cortesias, expectantes

Sorrisos vagos para fotografar

Nunca de forcado amador

Estar na praça sem valor

 

Forcado é comprometimento

Jaqueta motivo de fulgor                 

Pegar com sentimento

Tudo uma força interior

Saber transpor o desalento

Ser da Festa um defensor

Frente ao toiro, serenidade

No Grupo muita verdade                                                                                          

                                                         

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Julho de 2025  

- - -

Na fotografia:  Grupo de Forcados Amadores de Montemor

Confundidos

Alternativa de Tristão Telles.jpg                                                                         

 

Há quem ande confundido

Em protesto sem sentido

P'ra acabar com a tourada

Cães e gatos ao colo

Gritos, assobios a solo

Ais por tudo e nada

 

Ainda não perceberam

Nem nunca reconheceram

Toiros são animais de luta

Se os pegamos em Portugal

Quando investem a fazer mal

É arte séria, absoluta

 

Maria da Fonte a recordar

Toiros para continuar

Por isso, em consciência

O Hino é um forte aviso

Toque solene e preciso

Sinal forte de resistência

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Maio de 2024

Banda do Samouco.jpg

                          

Heranças

Peão de brega.jpg           

O que passa em gerações

Nas gentes de Portugal

De um povo ancestral     

Que mantém as tradições   

 

São vocações herdadas

Campinos nas arenas

Recordações serenas

Memórias guardadas

 

Nos toiros a cavalaria

Mais as pegas de caras

Heranças não raras

Para quem as manteria

 

Cavaleiros e forcados

Seguros bandarilheiros

Excelentes toureiros

Ganaderos considerados

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Fevereiro de 2024

- - -

Atravessar a arena para levar o primeiro ferro comprido ao cavaleiro é uma imagem só nossa – só da tauromaquia portuguesa – e destaca a figura do peão de brega.

Este detalhe taurino não se deve perder, porque é genuinamente português.

 

                                                               

Que falta faz…

Pega de caras-Mercado Santarém.jpg

Que falta faz…

Acerca da pega, Ramalho Ortigão disse e escreveu que admirava os moços de forcado desta singular forma:

“É por esse Ribatejo fora, às corridas de Alhandra, de Vila Franca, de Samora Correia, de Salvaterra de Magos, que irei mais este verão, de jaleca ao ombro, faca no bolso e melancia debaixo do braço, refazer-me da nacionalidade, de força, de literatura e de poesia, na sagrada tradição da minha terra.”

Hoje quando a moda é falar-se de globalização – ordenada pelas multinacionais que mandam nos governos – e onde a invocação do nacionalismo parece ser o antídoto das políticas correntes internacionalistas e, portanto, algo que não está de acordo com o politicamente correcto, acrescido da quase proibição ao povo de invocar as sua tradições culturais.

Que falta faz agora e por cá quem como a “Ramalhal Figura” reclame a nacionalidade e a sagrada tradição na nossa terra. Que falta faz quem perceba que o estar sereno em frente de um toiro só eleva a coragem e a determinação da nossa raça.

Que falta faz quem, como ele, volte a dizer:

“Eu como humilde intérprete do povo só uma coisa oponho: é que má raios partam o zelo tísico de tanto maricas, de tanto chochinha, de tanto lambisgóia!”

Que falta faz quem mande e entenda a nossa cultura.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

 

Ramalho Ortigão.jpg

José Duarte Ramalho Ortigão (1836-1915)

 

 

Manuel da Cruz – um cabo de forcados

Barrete de forcado.png

Em 25 de Julho de 1963 o Jornal do Ribatejo noticiou que se iria constituir em Santarém um novo grupo de forcados e que faria a sua apresentação em Agosto desse ano.

O grupo, comandado por Manuel da Cruz, seria denominado Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo e constituído pelos seguintes aficionados: Manuel Lourenço, Correia Morais, Joaquim Augusto Fontes, Jorge Faria Moedas, Henrique Campeão, Manuel Martins Cordeiro, Manzoni de Sequeira, Carlos Faria d’Almeida, Manuel Pires de Lima, João Luís Cardoso e Abílio dos Santos Nogueira.

 

Em 12 de Setembro de 1963 o Jornal do Ribatejo noticiou que um novo Grupo, denominado Grupo de Forcados Amadores da Borda d’Água se apresentou pela primeira vez do domingo anterior, dia 8 de Setembro, na Praça de toiros da Nazaré. Este Grupo pegou nessa tarde cinco novilhos, que já anteriormente tinham sido lidados noutra praça. Foram efectuadas 4 pegas de caras pelos forcados: António Timóteo, Manuel Cordeiro, Manuel da Cruz e Jorge Faria Moedas. Houve também uma pega de cernelha efectuada por Joaquim Augusto Fontes e Augusto Barbosa. O cabo deste Grupo foi Manuel da Cruz.

 

Não obstante, poucos dias depois, Manuel da Cruz apresentou-se a comandar um novo Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo no dia 22 de Setembro de 1963, na Praça de Toiros da Nazaré. Segundo o Jornal do Ribatejo de 26 de Setembro de 1963, o Grupo teve boa actuação.

 

Curiosamente Manuel da Cruz reaparece em 27 de Outubro de 1963 a comandar novamente o Grupo de Forcados Amadores da Borda d’Água, no último espectáculo que se realizou na Praça Velha de Santarém – num festival onde tourearam a cavalo Joaquim Lavareda Simões e Gustavo Zenkl – alternando com o Grupo da Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, com Inácio França Alves a cabo.

 

Por estes apontamentos retirados dos jornais da época, Manuel da Cruz apresentou-se no mesmo ano, alternadamente, como cabo destes dois Grupos, sendo o mais antigo, os Amadores da Borda d’Água sido extinto para dar origem aos Amadores do Ribatejo.

 

 

 

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