O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
Na corrida Concurso de Ganadarias que se realizou em Évora, em 19 de Maio de 2024, o segundo toiro da ordem – da ganadaria espanhola de Adolfo Martín – para o Grupo de Forcados Amadores de Évora, foi destinado pelo cabo para ser pegado de cernelha, tendo havido diversas tentativas e quando o cernelheiro estava a ser colhido, saltou à arena Francisco Godinho, do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, que rabejou o toiro com eficiência, evitando males maiores.
"Es triste que fuera así, por el percance de un compañero, pero para eso estaba allí. Siempre salgo mentalizado a que puede pasar algo así, y por eso en ningún momento me impresioné ni me vine abajo, aunque fuera en Madrid. Al revés, me crecí pensando en que había que estar a la altura y echar para adelante la tarde con el máximo respeto al público.”
Estas foram as palavras de humildade de Álvaro de la Calle depois de ter lidado 5 toiros de ganadarias diferentes, na Praça de Madrid e na corrida do Domingo de Ramos.
A mesma humildade e enorme aficion demonstrada durante o jantar de Junho de 2022 da Tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na Pousada dos Loios em Évora.
O matador disse que de um momento para o outro passou a ser conhecido ao lidar numa tarde, em Madrid, 5 toiros em substituição de Emilio de Justo que foi colhido no fim da lide do primeiro toiro da corrida. Corrida que foi transmitida pelo “Canal Toros” para todo o mundo taurino. Porém, nem a empresa de Madrid se mostrou reconhecida, nem as empresas das principais Praças do seu país o colocaram em corridas importantes e foi de França que lhe surgiu o convite para a afamada "Feira do Arroz” em Arles, onde em 11 de Setembro Álvaro de la Calle compartilhará cartel com os matadores Domingo López Chaves e Máxime Solera.
Em Portugal a única ganadaria que lhe concedeu um “tentadero” foi a de Murteira Grave, na herdade da Galeana, num justo reconhecimento a um toureiro que tem sido tão pouco apoiado.
Esta e outras facetas da sua vida taurina foram descritas durante este agradável jantar de Tertúlia, onde este toureiro esteve acompanhado de sua mulher e da sua filha.
Excelente pega de Daniel Batalha ao 5º. toiro da corrida, muito bem rabejado e ajudado, numa actuação do Grupo que ficará, para não esquecer, no historial da Arena d’Évora.
Em 3 de Dezembro passado a Tertúlia Tauromáquica Eborense analisou o que mais importante aconteceu na Arena d’Évora durante a temporada de 2019, tendo ficado acordado que o “Prémio” deveria ser atribuído à ganadaria Murteira Grave.
Assim, no jantar que se realizou ontem, 3 de Fevereiro de 2020, o convidado de honra da Tertúlia foi o Dr. Joaquim Grave a quem foi entregue o “Prémio do Motivo Toureiro de 2019”.
Como é habitual foi um agradável jantar de tertúlia, com a troca de ideias taurinas e na base da criação do toiro de lide, nomeadamente segundo o critério do ganadero convidado que deu todos os esclarecimentos solicitados sobre o seu conceito de selecção e também sobre o historial desta ganadaria que no ano passado comemorou os 75 anos de existência.
---
Na foto um poker de ases taurinos:
Manuel Calejo Pires, Joaquim Grave, Nico Mexia de Almeida e Manuel Passanha Sobral
No jantar mensal da Tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 2 de Dezembro na Pousada dos Loios, foi atribuído à Ganadaria Murteira Grave o prémio correspondente ao motivo taurino de maior interesse na temporada de 2019 na Arena d’Évora.
Nico Mexia de Almeida, cuidador da Tertúlia, apresentou uma cuidadosa listagem de aspectos taurinos relacionados com todas as corridas desta temporada, que foram analisados pelos elementos presentes tendo chegado a acordo e por maioria que o prémio deverá ser atribuído à ganadaria que este ano comemorou o 75º aniversário e por ter apresentado no último Concurso de Ganadarias de Évora o toiro “Gravato” que foi considerado o mais bravo de uma corrida onde a bravura se destacou em 4 dos 6 toiros corridos mas com destaque para o de Murteira Grave.
Foi como habitualmente um jantar de aficionados, de verdadeira tertúlia, que decorreu muito bem e com a satisfação de ter sido analisada a boa temporada de 2019 em Évora da responsabilidade de uma empresa interessada em posicionar bem alto a tauromaquia portuguesa nesta Praça alentejana.
Em Portugal e presentemente só é existe uma revista taurina mensal e com regularidade há muitos anos e tal só é possível graças há persistência de um aficionado de “primeira água” que se chama João Queiroz.
Destaco algumas frases da revista nº. 365, de Agosto de 2019:
“A nossa Festa é, cada vez mais, uma festinha de famílias, amigos e…conveniências.” – João Queiroz – Burladero do Director
“O touro bravo não é, necessariamente, sinónimo de touro bom. Por vezes estão situados nos antípodas. Depende do prisma por onde se olha.” – David Leandro – Tertúlia “NB”
“A epifania de Tomás revelou-se à cidade de Granada e ao mundo, a todo o universo, Urbi et Orbi.” – Bernardo Patinhas – Crónicas do Burladero
“ A realidade de Santarém demonstrou que a maioria dos nossos empresários não são competentes.” – Luís Toucinho – Os picotazos de…
“ Por fim, saiu um toiro que investiu no toureio a pé, notando-se a alegria do público com tal facto. Pena que o toureiro não tivesse executado o toureio que as nobres e codiciosas investidas do toiro pediam.” – José Paulo Lima – Angra do Heroísmo
“É famoso no mundo das artes. Pintor e desenhador que tem obra vasta e meritória em temas ligados ao campo. Os toiros e principalmente os cavalos Lusitanos, preenchem a maioria dos seus óleos, aguarelas e desenhos magníficos. O seu nome é bem conhecido, é José Serrão de Faria.” – António José Zuzarte – Recordações a Preto e Branco
“O cabo João Pedro Oliveira apenas concretizou à quinta” – Catarina Bexiga – Évora
E é sobre esta crónica da corrida de São Pedro de 2019 em Évora, onde Catarina Bexiga descreve com cuidado e bem as actuações dos cavaleiros João Moura Jr., Francisco Palha e António Prates e a boa presença dos toiros enviados pelo ganadero Joaquim Grave, que poderia ter ser acrescentado, no que diz respeito à pega no 5º. toiro – um “cinqueño” com 635 Kg. – que o cabo reservou para si não obstante ser o toiro mais poderoso e que aparentava ter maiores problemas para a pega de caras e que tendo sido pegado “apenas à quinta tentativa”, João Pedro Nunes Oliveira deu volta à arena e teve uma chamada especial ao centro e escutado “apenas” a maior ovação da corrida. Isto quando o seu Grupo de Évora aceitou uma “encerrona” de 6 Graves 6, quando uma grande parte dos Grupos pegam só dois toiros por corrida. Só essa “encerrona” merecia uma chamada de atenção especial na respectiva crónica. Porque quando um Grupo de Forcados Amadores se dispõe a pegar 6 ou mais toiros numa só corrida deve ter o respeito e menção especial por parte da comunicação taurina.