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O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

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Viva o toiro!

A lide dos toiros a pé, ao uso de Espanha, divide-se em três partes distintas que se chamam “tercios”. Sendo o primeiro o “toureio de capote e a sorte de varas; o segundo a “sorte de bandarilhas” e o terceiro – provavelmente o mais exigente – o “toureio de muleta e a sorte de matar”.

Se para os toureiros há prémios relacionados com a qualidade da lide, sendo-lhes concedidas a orelha ou orelhas do toiro e a volta à arena, para o ganadero é importante que algum dos seus toiros seja aplaudido durante o arraste, em volta lenta à arena. Ou, o mais glorioso dos prémios, o indulto do toiro que lhe permite a sua devolução ao campo e a sua utilização como semental.

Porém, é frequente a presença de aficionados nas praças que raramente concordam com a concessão de troféus e que não aplaudem seja o que for, que gostariam que só fossem atribuídas orelhas em casos de excepcional lide e que o indulto fosse praticamente impossível de conceder.

São os aficionados super exigentes, nunca satisfeitos com o que estão a ver e saudosos do que dizem ter visto em tempos mais ou menos remotos.

Se um crítico taurino “deve ser um aficionado rigorosamente silencioso”, como disse Gregorio Corrochano, já o aficionado normal não terá que ser assim porque, se assim fosse o espectáculo dos toiros mais pareceria um velório, uma câmara-ardente.

Por isso mesmo, os espectadores vibram de emoção, aplaudem, pedem as orelhas dos toiros como troféus para os matadores, tal como aconteceu ontem em Valencia, no último festejo da “Feria de Fallas” de 2017.

O último toiro da corrida de Domingo Hernández, “Pasmoso” de nome e com 532 Kg. e que foi lidado por López Simón foi indultado a pedido do público.

O público satisfeito com a bravura do toiro pediu o indulto. O Presidente da Corrida concedeu.

Concordo com o empresário Simón Casas: “Nesta arte concedemos a vida eterna aos toiros bravos.” Para mal agrado dos super exigentes que acham que o “Pasmoso” foi “desafortunadamente indultado”, fez e não fez qualquer coisa e já deveria estar morto!

Viva a Festa! Viva o toiro!

Toiro Pasmoso indultado em Valência.png

 

"Pasmoso" - toiro indultado em Valencia.

 

Registos tauromáquicos

Romero.jpg

“El aficionado no sabe nunca si lo que recuerda corresponde a la verdad”

 Gregorio Corrochano

 

A frase lapidar do inesquecível mestre da escrita taurina, aplica-se em qualquer espectáculo, mas muito bem no tauromáquico.

Na realidade sabemos que, muitas vezes, os aficionados e os próprios ganaderos, toureiros e forcados referem-se a factos antigos nas arenas, com muita imprecisão, sendo portanto importantíssima a crónica taurina escrita que, quando séria e competente, deixa para o futuro o registo fundamental para um historial honesto do toureio.

Assim e baseado num trecho do livro “El discurso de la corrida” de François Zumbiehl, um curioso apontamento ficou arquivado sobre uma actuação de Curro Romero que passou a ser recordado como que uma lenda da Praça de Sevilha.

Nesse livro, refere o autor que o “Faraón de Camas” – na célebre corrida a favor da Cruz Vermelha Espanhola – em 19 de Maio de 1966, quando o diestro se encerrou com 6 toiros, o público presenciou um facto raro:

Curro Romero depois de lidar de capote um dos toiros, com destaque para três verónicas e meia, foi de tal maneira ovacionado que teve que dar uma volta de agradecimento antes de começar a faena de muleta. Mas o caso inédito e que deixou toda a gente louca de entusiasmo, foi quando Curro começou a dar a volta à arena e arrastando o capote, o toiro andou uns trinta metros com a cabeça baixa sobre o capote mas tranquilamente e sem investir.

Nesta corrida realizada na Real Maestranza, Curro Romero cortou 8 orelhas aos 6 toiros de D. Carlos Urquijo

Olé matador!

 

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