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Partebilhas

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

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Detalhe taurino

Conc.Ganadarias - 2024.jpeg                                                                         

Cartaz para a posteridade

Realizado em Évora Cidade

Concurso de Ganadarias tradicional

De Portugal, antigo e verdadeiro

Ao longo dos tempos o primeiro

Engrandece a tauromaquia nacional

 

Sempre toiros sérios e poderosos

Com idade, apresentação, vigorosos

Para premiar a melhor ganadaria

Os de Palha e Grave em evidência

Poder e bravura em suficiência

Bem Rouxinhol na cavalaria

 

Alguns toiros mui complicados

Nas lides e para os forcados

Aí se viu um detalhe especial                                     

Francisco Godinho à arena saltou

Para o Grupo d’Évora rabejou

Resoluto, sabedor, magistral

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Maio de 2024

- - -

Na corrida Concurso de Ganadarias que se realizou em Évora, em 19 de Maio de 2024, o segundo toiro da ordem – da ganadaria espanhola de Adolfo Martín – para o Grupo de Forcados Amadores de Évora, foi destinado pelo cabo para ser pegado de cernelha, tendo havido diversas tentativas e quando o cernelheiro estava a ser colhido, saltou à arena Francisco Godinho, do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, que rabejou o toiro com eficiência, evitando males maiores.

 

Rabejador

Chico Moura e J.Dias de Almeida-1967-Santarém.jpe                                                                    

P’rà volta rabejador é fundamental

Entrando ao toiro sem hesitação

Com cernelheiro momento crucial

Rabejando sempre em coesão

Atitude rápida e determinada

Na pega de caras ocorre também

Decisória a entrada atempada

Antes das terceiras como convém

Ao toiro dividir as forças brutais

Evitando no grupo colhidas fatais                                                           

 

No historial dos tempos da pega

Alguns rabejadores recordados

Saudosa memória que congrega

Outros nas arenas consagrados

Manuel Tabuleiros, de Santarém

Dias de Almeida e outros mais

Empis e Carlos Garcia também

De Évora, Manuel Rovisco Pais

Depois os famosos Comendas

De Montemor eternas lendas

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Maio de 2024

- - -

Na fotografia: Pega de cernelha de Francisco Romão de Moura e José Dias de Almeida - Grupo de Forcados Amadores de Santarém - Praça de Toiros de Santarém - 18 de Junho de 1967

Fotografo: L.Figueiredo

Um forcado especial

João Cortes-C.Pequeno.4.06.1981...jpg

De todos os que se fardaram

Dos famosos forcados amadores

De todos que se salientaram

Um caso especial meus senhores

 

Aficionado e enorme forcado

Taurino do Alentejo distinto

Nas praças muito aclamado

Todos sabem que não minto

 

Assim conhecido e chamado

João Cortes a não esquecer

Também foi cabo destacado

 

Sua fama nas arenas é tal

Difícil em palavras descrever

Da Festa um nome imortal

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Outubro de 2022

Zoio-C.Pequeno.1981.jpg     

 

Corrida da Rádio - Campo Pequeno - 1981  -  O cavaleiro José João Zoio na volta a arena com os forcados Joaquim Murteira Correia e João Cortes (Amadores de Montemor)

Zeca Pereira

Zeca Pereira e C.Garcia.jpg                                                                                                                        

De São Manços um aficionado

Muito conhecido e afamado

Que foi forcado excelente

Prezado por toda a gente

Valor e dignidade maior

Dos grupos de Montemor

Lisboa e de Santarém

Onde esteve também

Vestiu as três jaquetas

Grandes aplausos ouviu

Nas cernelhas valentes

Em pegas imponentes

Deixou belas memórias

Guarda como vitórias

Exemplo dos forcados

Amadores reputados

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Outubro de 2022

 

 

--Na Foto uma pega de cernelha realizada por Zeca Pereira e Carlos Garcia (Grupode Forcados Amadores de Santarém).

Joaquim Murteira Correia

 

Primeira Ajuda JMC.png                                                                                                                                

Forcado em Évora e Montemor

Primeiro ajuda de destemor

Rigoroso nas convicções

Pisou arenas de todas as regiões

Em México deixou e tem saudade

Defende e preserva a liberdade

Fez amizades fora e dentro da praça

De fino trato tem histórias com graça

Na agricultura a sua contribuição

Se lhe pedirem dá uma sugestão

Amigo do seu Amigo sem condições

Com ele contam sempre nas aflições

Mui conhecido, toda a gente afaga

Figura assim, perdura, não se apaga

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2022 

                                                                                                                                                                         

Carlos Pegado

Carlos Pegado.jpg                                                                                                                                                                                                                       

Foi um bom forcado

Como empresário marcou

Nas praças com cuidado

Que tão bem organizou

e

Em Évora deixou legado                               

Com cartéis bem pensados

Que ficou do passado

Como o Dia dos Forcados

Quem tenha a sensação

Das Touradas Reais

Corridas que já lá vão  

também

Canta fado num momento

E outras cantigas tais

Sempre com sentimento

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Setembro de 2022

 

Em Setembro

Grupo de Montemor.jpg                                                                                                                                                                                      

Em Setembro vou por aí fora, à Feira da Luz

E sem demora à praça de toiros de Montemor

Porque supus e desejo olhar na arena em redor

Para ver o António Pena Monteiro o primeiro

Que muitos dizem ser o último cernelheiro…

E quero ver também com ele, como convém

Um forcado de sensação valente e determinado

Chamado Francisco Godinho rabejador afamado

 

                                                  Manuel Peralta Godinho e Cunha

                                                  Agosto de 2022

Recordando

João Patinhas - México.jpg                                                                                                                                                                                             

Eis aqui alguns cabos de forcados de maior evidência

De Santarém conhecido e dos que teve maior essência

Da ética do forcado amador com seriedade e valor

Ricardo Rhodes Sérgio, dos cernelheiros o primeiro.

Joaquim José Capoulas, de Montemor o timoneiro

De enormes forcados de caras e grandes cernelheiros

Com rabejadores sábios, valentes e autênticos senhores

Grande forcado amador e que o seu Grupo consolidou.

Nuno Salvação Barreto num filme a todos assombrou

Quando no Quo Vadis pegou um toiro em pontas

E o seu Grupo em França deixou as pessoas tontas

Por ser o primeiro a mostrar os forcados aos gauleses

Na pega de caras com a arte e a raça dos portugueses.

Também outro forcado de eleição um Grupo fundou

E a João Patinhas Évora deve esse feito que marcou

A Festa Brava no Alentejo e no país, onde foi superior

Na Praça México o primeiro cabo de amadores e autor

De apresentar no “paseíllo” um tal grupo de forcados

Na arena dispostos a pegar os toiros desembolados.

E António Sécio no Montijo renovou o Grupo e o posicionou

No cimo da forcadagem com brio, saber e enorme coragem

 

                                             Manuel Peralta Godinho e Cunha

                                             Agosto de 2022

A caminho de Montemor

Praça de Montemor.png                                                                                                                                                               

Calor de Setembro, sol de abrasar sem ponta de vento

Praça de Toiros, pequena, aconchegada e bem cuidada

Povo nas imediações, muita gente aguardando o momento

Cavalos de toureio, lindos, enfeitados e bem entrançados

Com lindas fitas de seda e arreios de veludo bordados

Já preparadas e bem alinhadas as farpas na trincheira

Muito taurinas, de cores garridas com tons brilhantes.

Está a chegar a banda da música com sons sonantes

Ouvem-se ao longe numa capela uns toques de sinos

Gente de outras paragens vai chegando e os campinos

Bem trajados os dois, calções azuis e coletes encarnados

Três cavaleiros vestidos a rigor e com garbo montados

Murmúrio e olhares com a chegada dos amadores

Forcados de Montemor e lindas jaquetas com flores

Meias de renda e cinta apertada por cima do calção.

Vento ligeiro se levanta, pouco para o calor de verão.

Acordes do Hino da Maria da Fonte entoam na praça

Música que já foi de revolta, exalta a força da nação

Música vibrante de um Hino nosso, da nossa raça

O público levanta-se, aplaude com respeito e emoção

Começam as cortesias, abertas as portas da verdade

Que a sorte seja repartida. A Festa Brava é liberdade!

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Agosto de 2022

15 de Agosto de 1978

Rosas no chão.png                                                                                                                                                                         

FLORES

Mistura de pó bordado na cor, no aroma, na aragem

Flor do monte, do campo semeado com a coragem.

Botão de rosa, entre as rosas da jaqueta do forcado.

Em Reguengos naquela tarde, tudo consumado.

Escarlates de sangue, serão rosas encantadas?

Flores bonitas, amarelas e quase encarnadas…

No verde da rama, no perfume das pétalas, o cheiro

Da arena, do chão molhado, tinto de sangue quente.

Para Évora, flores da terra, flores do prado.

Depois daquela pega, de garbo, brilhante e valente.

Na praça a multidão agita-se, há música e palmas,

Ao som da vitória, ergue-se o ramo com flores de glória

Botão de rosa, entre as rosas de cores celestiais.

Ramo com cores da terra, quase encarnadas e imortais

Levantadas no chão, embrulhadas na poeira, feitas de valor,

Da garra, no destemor, na nobreza da beleza d’uma pega

Bizarra. De largo, o toiro carrega, numa força derradeira,

Até às tábuas, levando à frente, de rompante, de repente.

Ao som da música, como hino à ética, à decisão, à vontade

Aquele que a morte desafia, com valor e arte verdadeira.

Jaqueta rasgada, ensanguentada, a honra defendida.

Gritos, palmas e mais palmas, no alvoroço da surpresa.

Flores quase encarnadas…de sangue, qual cor perdida

Naquela tarde…com poucos forcados…tanta grandeza.

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

 

João Patinhas-15.08.1978.png

Poema que compus depois da corrida que se realizou em Reguengos de Monsaraz em 15 de Agosto de 1978, por João Nunes Patinhas, com 42 anos de idade, ter pegado o último e maior toiro dessa tarde.

Corrida à portuguesa com 6 toiros para os Grupos de Montemor e de Évora.

A expectativa era grande, porque o cabo João Patinhas só podia contar com 8 forcados e constava que o Grupo iria acabar.

Os Grupos de Montemor e de Évora fardaram-se no mesmo local e o cabo António José Zuzarte sabendo que o Grupo de Évora, uma hora antes do início da corrida, ainda não tinha os oito elementos para fazer as cortesias, foi ter com João Patinhas e disse que caso fosse necessário ele poderia contar com dois ou três elementos do Grupo de Montemor para ajudar a pegar os toiros.Tal não chegou a ser necessário, porque no início da corrida apareceram dois forcados já retirados – Francisco José Abreu e António Paula Soares – que se fardaram e que completaram o desfalcado Grupo de Évora.

Durante toda a sua vida João Patinhas não se esqueceu desse facto e sempre reconheceu essa nobre atitude de António José Zuzarte com elevação e enorme respeito.

Tarde de glória para o Grupo de Évora, com as pegas realizadas por Luís Caldeira Barradas, João Cortez Pereira e João Nunes Patinhas.

João Patinhas brindou a pega à sua Mãe, depois dirigiu-se à banda da música e mandou tocar. Só depois iniciou o cite ao som de um poso-doble!

 

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