O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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A tauromaquia é uma arte de carácter universal, referenciada por pintores, músicos, escultores e escritores como Goya, Sorolla, Picasso, Orson Welles, Ramalho Ortigão, Góngora, Quecedo, Mariano Benlliure, Lorca, Alberti, Vargas Llosa, Hemingway, Ortega y Gasset e tantos outros.
Na imagem o registo fotográfico de um momento maior da tauromaquia de Espanha: o sinal, cor de laranja, da concessão do perdão da morte na arena do toiro que foi lidado e demonstrou a bravura suficiente para regressar ao campo.
Um aspecto a que os detractores da corrida de toiros não fazem referência. Um aspecto da vida a suplantar a morte que não deve ser desconhecido, mas sim enaltecido por todos. Momento que demonstra a elevação do conceito dos aficionados tauromáquicos à bravura do toiro.
Os anti-taurinos também não referem que o toiro bravo é o guardião do espaço de mais de 550.000 hectares e que permite a conservação de um dos ecossistemas da Europa, de uma Europa dão degradada pela poluição, pela desertificação e pela erosão, onde presentemente mais de 52 milhões de hectares de terra estão em risco (Diário de Notícias de 29.04.2005).
A imagem aqui exposta assinala o indulto do toiro “Arrojado” da ganadaria de Núnez del Cuvillo na Real Maestranza de Caballeria de Sevilla em 30 de Maio de 2011.
Quando um toiro é bravo e o público pede o indulto confirmado pelo Presidente da Corrida, esse toiro ganha a liberdade e regressa ao campo e a ganadaria ganha mais um semental.
Assim foi ontem, dia de São Martinho, na Praça México depois de uma valorosa exibição do rejoneador Diego Ventura.
O “Fantasma”, da ganadaria de Enrique Fraga, ganhou o indulto.
O prémio que só um verdadeiro toiro de lide pode ganhar.
No toureio a pé, depois de terminar a faena, chega a hora da verdade, a “suerte de matar” – a sorte suprema – que é o culminar da lide e decisiva para atribuir os troféus ao lidador.
Porém, quando o toiro manifestou uma bravura excepcional durante a lide pode acontecer o público pedir o indulto da morte, acenando com lenços. Quando tal acontece em maioria e a faena foi boa, o director da corrida poderá conceder o indulto, fazendo sinal para a arena com um lenço de cor de laranja.
Nas praças de toiros de 1ª. não é muito frequente o indulto porque é utilizado um critério muito exigente.
A actual Praça de Toiros de Sevilha – La Real Maestranza de Caballería – foi construída em 1881 e até Abril de 2016 só teve 3 indultos:
12 de Outubro de 1965 – “Laborioso”, o novilho do marquês de Albaserrada, lidado pelo novilheiro Rafael Astola.
30 de Maio de 2011 – “Arrojado”, o toiro de Núnez del Cuvillo, lidado pelo matador José María Manzanares (José María Dols Samper)
13 de Abril de 2016 – “Cobradiezmos”, toiro de Victorino Martín, lidado pelo matador Manuel Escribano.
Provavelmente o INDULTO é o momento mais emocionante que acontece numa praça de toiros.