O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Aqui está uma notícia taurina, uma relíquia de 1950, portanto de há 71 anos, de uma corrida de toiros que se realizou em Alcácer do Sal, em 9 de Outubro e com toiros da ganadaria de Joaquim Mendes Núncio, para os cavaleiros João Núncio e Murteira Correia e os Forcados de Évora comandados por Pasqual Ventura e, na lide a pé, para o matador Manuel dos Santos e para o novilheiro António dos Santos.
Este Grupo de Forcados nada tem a ver com o actual Grupo de Forcados Amadores de Évora que foi fundado por João Patinhas em 1963, porque a “Antiguidade” de um Grupo só se mantém quando há continuidade de actuações e sem interrupções ao longo dos anos.
Há quem diga que a melhor empresa que conduziu a Praça Monumental do Campo Pequeno foi a que foi dirigida pelo antigo matador de toiros Manuel dos Santos nos anos 60 do século passado, denominada Sociedade Campo Pequeno, Ldª.
Na realidade com a experiência da sua anterior gestão da Praça de Toiros de Algés, Manuel dos Santos conseguiu uma administração exemplar na principal Praça do país, trazendo ao Campo Pequeno excelentes ganadarias, toureiros e forcados e as célebres “Fabulosas Corridas de Verão”.
Aqui está um antigo cartaz de 12 de Agosto de 1964 de uma “Extraordinária Corrida de Toiros” como foi apelidada pela Empresa e que teve o aliciante de apresentar dois pilares do toureio a a cavalo: João Núncio e Mestre Batista, numa corrida mista com 4 toiros para a lide a cavalo e mais 4 toiros para a lide a pé e o Grupo de Forcados Amadores de Évora comandado por João Nunes Patinhas.
Praça cheia!
O público gostava de corridas mistas. Gostava de ver tourear a cavalo e tourear a pé. Gostava de ver um grupo de forcados pegar 4 toiros.
Penso que hoje também gostaria. Não há é empresas que apresentem 8 toiros por corrida.
“(…)Em todas as gerações, os velhos toureiros e forcados contam que no seu tempo é que se realizaram grandes corridas e com enormes toiros, factos que na neblina das recordações nem sempre estão correctos e, muitas vezes, um pouco exagerados.
Um cartaz de uma antiga corrida pode não reflectir esse espectáculo, porque muitas vezes algum dos toureiros ou grupo de forcados foi substituído.
Também o historial de um grupo de forcados deve ser sério e espelhar de forma exacta o seu passado e os cabos devem ter um conhecimento, o mais exacto possível, do pretérito dos seus grupos. Nem sempre isso acontece e nalguns grupos a confusão histórica é tão grande que ninguém sabe ao certo o que se passou em determinados períodos. A intensão pode não ser desonesta porque, muitas vezes, os próprios intervenientes não se recordam bem do que se passou no seu tempo.”
in João Patinhas – Um Forcado
Livro editado pela Associação de Forcados Amadores de Évora
Como é habitual a Tertúlia Tauromáquica realizou o seu jantar mensal na Pousada dos Loios.
Em 7 de Março de 2016 foi convidado de honra o Dr. Manuel Jorge Díez dos Santos que se fez acompanhar pela sua mulher Maud.
O convidado aproveitou para fazer a divulgação do seu livro “Manuel dos Santos – O Homem eo Toureiro” e explicou a sua vontade de deixar reunido neste livro uma série de crónicas e fotos e diversos documentos relacionados com a vida de seu pai, não só como grande toureiro que foi, mas também a sua faceta de empresário e abordando também outras recordações de âmbito familiar.
Foram várias as perguntas e também as memórias de quem acompanhou em alguns momentos da vida de Manuel dos Santos, com destaque para João Patinhas e Simão Comenda que se referiram principalmente às iniciativas realizadas pelo antigo matador e empresário no que diz respeito à divulgação da tourada à portuguesa em alguns países.
Jantar muito agradável com todos os presentes agradados e muito interessados nas descrições da vida de uma figura importantíssima para a tauromaquia como foi Manuel dos Santos.