Uma aficionada em Madrid
Isabel Díaz Ayuso reforçou a posição do “Partido Popular” no executivo regional de Madrid e conseguiu que Pablo Iglesias, do Partido esquerdista “Podemos”, anunciasse que se vai dedicar a outra actividade e deixa a política.
O esquerdista Pablo Iglesias disse durante a campanha eleitoral que retiraria todas as ajudas públicas à tauromaquia e que encerraria o Centro de Assuntos Taurinos de Madrid caso ganhasse estas eleições.
Assim, com Pablo Iglesias, os anti-taurinos perderam. E Iglesias chegou agora à conclusão que “não é uma figura política que possa contribuir para melhorar” e disse também: “Deixo todos os meus cargos, deixo a política.”
Muito diferente a vencedora Isabel Díaz Ayuso, uma respeitadora da cultura espanhola e aficionada tauromáquica.
Assim, com Isabel Ayuso, a tauromaquia ganhou.
É dela a frase: «Defiendo los toros porque son la expresión de la libertad y censuro el intento de prohibirlos»
Em Portugal alguns políticos são exactamente o inverso, como o actual Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que num excesso de zelo contra os aficionados tauromáquicos, até mandou retirar os símbolos taurinos nas ruas de Lisboa de indicação rodoviária para o Campo Pequeno.
Pensa ele que assim atrai os votos dos animalistas que são e sempre foram em número inferior aos espectadores taurinos.
Outros socialistas, com outra elevação, que também foram Presidentes da Câmara de Lisboa não tomaram atitudes contra a tauromaquia, como foi o caso de Jorge Sampaio e João Soares que sempre a apoiaram.
Portanto a tauromaquia não é um problema entre a esquerda e a direita eleitoral, porque é transversal aos Partidos Políticos. Em Portugal, com excepção do Bloco de Esquerda e do Partido dos Animais e da Natureza (PAN), há certamente eleitores interessados na tauromaquia em todas as facções políticas, porque esta faz parte da cultura tradicional portuguesa.
Manuel Peralta Godinho e Cunha