Uma definição da “sorte”
No “Diccionário Ilustrado de Términos Taurinos” de Luis Nieto Manjón, escritor e crítico taurino, define-se a “sorte” como “a acção do toureio que, valendo-se do engano como a capa, muleta ou mesmo o corpo, faz com que o toiro passe próximo dele e engana a rês”.
Não se pode aceitar, completamente, esta definição porque não é integralmente verdadeira para o caso espanhol no que se refere ao picador e também no caso português no que se refere ao forcado.
O picador na sorte de varas cita e recebe o toiro parado, não tendo o toiro mais do que se arrancar em linha recta e meter a cabeça a direito.
Na pega de caras, quando bem executada, o forcado marca os tempos do toureio durante o cite: manda, pára e templa. Mas, na pega de caras, não há engano para que o toiro passe próximo. O forcado ao fechar-se tem o toiro nos seus braços, no peito, junto ao coração.
Manuel Peralta Godinho e Cunha