O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Badajoz foi durante muitos anos o local onde anualmente milhares de portugueses assistiram com regularidade nas suas praças de toiros – a antiga já demolida e a actual – a diversas corridas. Poderemos garantir que eram, sempre, uns milhares de portugueses que se deslocavam a Badajoz para assistir às corridas da Feira de Badajoz, com cartéis aliciantes. Tal deixou de acontecer ultimamente e o facto está relacionado com uma gestão pouco cuidada, com a entrega empresarial a quem não parece ter interesse em promover a Festa naquela cidade raiana.
Tristemente a Praça de Toiros de Badajoz não desempenha, nos últimos anos, a função para que foi construída e a realização de espectáculos taurinos tem sido escassa e imprópria para a capital de província, região que tem tido uma excelente escola de toureio, que tem diversas ganadarias de bravo e que tem sido o berço de notáveis novilheiros e matadores de toiros.
Estas e outras considerações taurinas foram muito bem abordadas pelo Dr. Carlos Franco, convidado de honra no jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 5 de Maio na pousada dos Loios e com a sala cheia de aficionados muito interessados em ouvir as opiniões relacionadas com a vida profissional deste médico taurino e antigo presidente do Clube Taurino de Badajoz que se fez acompanhar pela sua esposa e grande aficionada Joana Barata Silvério.
Foi uma noite bem passada, de tertúlia, agradável e interessante.
Jantar que foi iniciado com um minuto de silêncio, pelo falecimento recente de António Paes de Sousa, regente agrícola, grande aficionado aos toiros e à caça e elemento desta Tertúlia.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Maio de 2025
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Nas fotografias:
- - Luís Rui Cabral oferecendo o símbolo da Tertúlia a Carlos Franco.
- - António Paes de Sousa, um amigo e aficionado taurino.
Jorge Mario Pedro Vargas Llosa (1936-2025) – Marquês de Vargas Llosa – peruano, foi escritor, jornalista, político, professor universitário e aficionado taurino. Foi um dos principais escritores da América Latina. Em 2010 ganhou o Prémio Nobel da Literatura na Academia Sueca de Ciências.
Doutorado em Filosofia e Letras pela Universidade de Madrid, autor de diversos livros.
José Falcão foi o primeiro matador português a morrer na arena. Tendo sido promissor novilheiro da escola de Coruche – dos irmãos António e Manuel Badajoz no começo dos anos 60 – este toureiro natural de Vila Franca de Xira, apresentou-se pela primeira vez vestido de “luces” em Maio de 1962 na praça do Montijo e uns dias depois na praça de Évora e, nessas duas novilhadas, alternando com Óscar Rosmano.
Com o serviço militar pelo meio, com muitos novilhos toureados em 1966 José Falcão seguiu para Salamanca, lida em Espanha, França e Portugal. Em 23 de Junho de 1968 recebeu a alternativa em Badajoz, com Paco Camino e Paquirri. Em 27 de Julho de 1969 confirma a alternativa em Madrid com Vicente Punzón e García Higares.
Toureiro valoroso e muito valente, sofreu diversas colhidas e inúmeros triunfos em praças de Espanha, França, América e Portugal. Foi matador de toiros durante sete anos.
Em 11 de Agosto de 1974, na Praça de Barcelona foi colhido mortalmente pelo toiro “Cuchareto” com ferro de Hoyo de la Gitana, pertencente a Fernando Pérez Tabernero.
Como é habitual realizou-se na Pousada dos Loios, em Évora, o jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense, na noite de 3 de Fevereiro, tendo como convidado de honra o cavaleiro Rui Fernandes, que se fez acompanhar pelo seu sobrinho Duarte Fernandes, cavaleiro tauromáquico praticante.
Foi uma agradável tertúlia, com o convidado a descrever a sua vida de toureiro a cavalo, desde o ano de 1995, quando ainda era praticante e se estreou em Santo António das Areias, toureando numa praça desmontável, que era do saudoso Ricardo Chibanga, que o contratou para diversos festivais taurinos e corridas de toiros e que o encaminhou para uma carreira que, mais tarde, foi repleta de êxitos nomeadamente em Portugal e Espanha.
O jovem Duarte Fernandes também relatou o seu percurso taurino, as suas actuações em Portugal, Espanha e França e a sua expectativa em receber a alternativa dentro de alguns meses.
Foi um bom jantar taurino.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Fevereiro de 2025
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Na fotografia: Rui Fernandes, Nico Mexia de Almeida (cuidador da Tertúlia) e Duarte Fernandes.
Se há entendidos em tauromaquia, se há aficionados, Domingo Delgado de la Cámara é certamente um dos principais do país vizinho. Responsável das críticas e pareceres taurinos no seu “Al Toro por losCuernos” publicado regularmente no Facebook e YouTube e também colaborador de canal televisivo “Onetoro”, autor de diversos artigos e livros taurinos, foi o Convidado de Honra no jantar da tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 13 de Janeiro de 2025 na pousada dos Loios em Évora.
A Tertúlia repetiu Domingo Delgado de la Cámara desta vez, porque já tinha sido o Convidado de Honra do jantar do passado mês de Abril de 2022 e, certamente, será novamente convidado para um próximo jantar desta Tertúlia porque é muito agradável escutar este excelente crítico e escritor taurino nos seus comentários e ensinamentos sobre as lides, comportamentos das ganadarias, historial de toureiros e tudo o que se relacione com a tauromaquia em geral.
Foi mais um excelente jantar de tertúlia com um convidado muito especial, que tem muitos amigos em Portugal e que é também entendedor da nossa tauromaquia.
Numa tarde de 1966, na Feira de Santo Isidro, o matador António Chenel “Antoñete” lidou de maravilha um bravo toiro, branco, da ganadaria de Osborne, chamado “Atrevido”.
“La faena del toro blanco”, ficou para o historial da tauromaquia e imortalizou o toureiro.
Estiveram a assistir a esta corrida de toiros os Chefes de Estado da Espanha e da Nicarágua: Francisco Franco e René Schick Gutiérrez.
Há aficionados especiais que gostam e defendem a tauromaquia de uma forma pessoal muito própria, que dedicam grande parte da sua vida a tudo o que se relaciona com o ambiente taurino. É este o caso de Manuel Passanha Sobral, ganadero de dinastia e que formou a sua própria ganadaria – fundada em 2007 – situada em Baleizão, no concelho de Beja, tendo antiguidade de 9 de Julho de 2009 (Sevilha).
Foi este ganadero o convidado de honra da Tertúlia Tauromáquica Eborense no jantar que se realizou na Pousada dos Loios na noite de Dezembro de 2024, tendo sido acompanhado pelos seus filhos Manuel Diogo e José António, que descreveram a situação actual da ganadaria, os seus anseios e projectos futuros.
Foi um agradável jantar de tertúlia, com uma boa participação de aficionados que trocaram ideias com os ganaderos sobre a actualidade tauromáquica em Portugal, Espanha e França e das prespectivas da ganadaria Passanha Sobral para as próximas épocas nas praças de toiros destes países.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Dezembro de 2024
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Na fotografia: Nico Mexia de Almeida (Cuidador da Tertúlia) oferecendo uma lembrança ao ganadero Manuel Passanha Sobral.