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O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.

Jantar de Maio de 2025 de Tertúlia Tauromáquica Eborense

TTE-5.05.2025 Dr.Carlos Franco.jpeg                                                                    

Badajoz foi durante muitos anos o local onde anualmente milhares de portugueses assistiram com regularidade nas suas praças de toiros – a antiga já demolida e a actual – a diversas corridas. Poderemos garantir que eram, sempre, uns milhares de portugueses que se deslocavam a Badajoz para assistir às corridas da Feira de Badajoz, com cartéis aliciantes. Tal deixou de acontecer ultimamente e o facto está relacionado com uma gestão pouco cuidada, com a entrega empresarial a quem não parece ter interesse em promover a Festa naquela cidade raiana.

Tristemente a Praça de Toiros de Badajoz não desempenha, nos últimos anos, a função para que foi construída e a realização de espectáculos taurinos tem sido escassa e imprópria para a capital de província, região que tem tido uma excelente escola de toureio, que tem diversas ganadarias de bravo e que tem sido o berço de notáveis novilheiros e matadores de toiros.

Estas e outras considerações taurinas foram muito bem abordadas pelo Dr. Carlos Franco, convidado de honra no jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 5 de Maio na pousada dos Loios e com a sala cheia de aficionados muito interessados em ouvir as opiniões relacionadas com a vida profissional deste médico taurino e antigo presidente do Clube Taurino de Badajoz que se fez acompanhar pela sua esposa e grande aficionada Joana Barata Silvério.

Foi uma noite bem passada, de tertúlia, agradável e interessante.

Jantar que foi iniciado com um minuto de silêncio, pelo falecimento recente de António Paes de Sousa, regente agrícola, grande aficionado aos toiros e à caça e elemento desta Tertúlia.

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Maio de 2025

António Paes de Sousa.jpeg

- - -

Nas fotografias: 

- - Luís Rui Cabral oferecendo o símbolo da Tertúlia a Carlos Franco.

- - António Paes de Sousa,  um amigo e aficionado taurino.

 

Mario Vargas Llosa - um aficionado taurino

M.Vargas Llosa-aficionado.png                                                                                                                                         

Morreu um escritor aficionado

Aos touros, às artes, à cultura

Um homem bom, educado

Alguém que motiva leitura

 

Morreu Vargas Llosa hoje

Fica sua obra imortal

Que ninguém a despoje 

Do conceito sentimental

 

Um Prémio Nobel partiu

Sabedor da corrida de touros

Peruano que a afición sentiu

 

Tocam sinos de despedida

Ficam livros que são tesouros

Como memórias da sua vida

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Abril de 2025

 

- - -

 

Jorge Mario Pedro Vargas Llosa (1936-2025) – Marquês de Vargas Llosa – peruano, foi escritor, jornalista, político, professor universitário e aficionado taurino. Foi um dos principais escritores da América Latina. Em 2010 ganhou o Prémio Nobel da Literatura na Academia Sueca de Ciências.

Doutorado em Filosofia e Letras pela Universidade de Madrid, autor de diversos livros.

Mario Vargas llosa.png

José Falcão

José Falcão.jpg                                                                                                                                                                                                                                      

Nas brumas do tempo recordamos

Um afoito toureiro ribatejano

José Falcão, matador, lembramos

Homem simples, valor soberano

Da escola de Coruche emergente

Quando em Badajoz se apresentou

Determinado, decidido, valente

Toiros de Cunhal Patrício lidou

 

De azul e ouro vestido a rigor

Para a alternativa receber

Aquele título de matador

Honra por muito o merecer

Paco Camino de padrinho

Na raiana arena de Espanha

O começo de um caminho

Início de grande campanha

 

Em muitas praças lidou

Com as figuras do toureio

Sete anos demonstrou

Bandarilhando sem receio

Sempre lides com verdade

Em Barcelona a tristeza

Colhida, começo da saudade

Fim d’uma vida de nobreza

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Abril de 2025

 

- - -

 

José Falcão foi o primeiro matador português a morrer na arena. Tendo sido promissor novilheiro da escola de Coruche – dos irmãos António e Manuel Badajoz no começo dos anos 60 – este toureiro natural de Vila Franca de Xira, apresentou-se pela primeira vez vestido de “luces” em Maio de 1962 na praça do Montijo e uns dias depois na praça de Évora e, nessas duas novilhadas, alternando com Óscar Rosmano.

Com o serviço militar pelo meio, com muitos novilhos toureados em 1966 José Falcão seguiu para Salamanca, lida em Espanha, França e Portugal. Em 23 de Junho de 1968 recebeu a alternativa em Badajoz, com Paco Camino e Paquirri.  Em 27 de Julho de 1969 confirma a alternativa em Madrid com Vicente Punzón e García Higares.

Toureiro valoroso e muito valente, sofreu diversas colhidas e inúmeros triunfos em praças de Espanha, França, América e Portugal. Foi matador de toiros durante sete anos.

Em 11 de Agosto de 1974, na Praça de Barcelona foi colhido mortalmente pelo toiro “Cuchareto” com ferro de Hoyo de la Gitana, pertencente a Fernando Pérez Tabernero.

Jantar de Fevereiro de 2025 da T.T.Eborense

TTE- 3.02.2025.jpeg                                                                                                             

Como é habitual realizou-se na Pousada dos Loios, em Évora, o jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense, na noite de 3 de Fevereiro, tendo como convidado de honra o cavaleiro Rui Fernandes, que se fez acompanhar pelo seu sobrinho Duarte Fernandes, cavaleiro tauromáquico praticante.

Foi uma agradável tertúlia, com o convidado a descrever a sua vida de toureiro a cavalo, desde o ano de 1995, quando ainda era praticante e se estreou em Santo António das Areias, toureando numa praça desmontável, que era do saudoso Ricardo Chibanga, que o contratou para diversos festivais taurinos e corridas de toiros e que o encaminhou para uma carreira que, mais tarde, foi repleta de êxitos nomeadamente em Portugal e Espanha.

O jovem Duarte Fernandes também relatou o seu percurso taurino, as suas actuações em Portugal, Espanha e França e a sua expectativa em receber a alternativa dentro de alguns meses.

Foi um bom jantar taurino.

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Fevereiro de 2025

 

- - -

 

Na fotografia: Rui Fernandes, Nico Mexia de Almeida (cuidador da Tertúlia) e Duarte Fernandes.

Verdade

Colhida de Ivan Fandiño-2017.png                                                                                                                                                                                                  

Quando na arena há morte

Ei-la a sério, de verdade

Ânsia, sofrimento forte   

Nada sendo falsidade                           

Aparência ou vulgaridade

Como a representação

De teatral simulação

Ou encenação verosímil

Com fingimentos mil…

É morte sem imitação!

 

Na arena morte verdadeira

Para quem o toiro enfrenta

Sério com vontade toureira

A arte que as artes sustenta

Com valor e arrojo aumenta

Muito mais a colhida

Que lhe pode tirar a vida

Em lance de capote arrimado

Toureio sério, confirmado

Quem os toiros assim lida

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Fevereiro de 2025

 

- - -

 

Ao contrário do teatro ou do cinema, onde a morte é verosimilhança, na corrida de toiros a morte é de verdade.

O verosímil é só uma aproximação à verdade.

 

Na fotografia: Ivan Fandiño, quando em 2017 sofreu uma colhida fatal, na Praça de Aire Sur l' Adour (França).

Gado bravo

 

ganadaria de bravo.jpg                                                                                                                                                                                                

Põe-se o sol a fim do dia

Frio que adivinha geada

Toiros juntam-se em manada

No campo verde que recria

Longe, distante, gado mugia

Vaca desaparecida

Talvez bezerra perdida

 

Mal se vê, neblina fria

Breve cai a noite escura  

Sem lua, negrura pura

Poucas estrelas, quem diria 

Silvo de coruja assobia                             

Agasalha a manta do campino

Ao longe ouve-se um sino

 

Vento ligeiro, qual brisa

Rangem ramos de azinheiras

Aguardam-se chuvas primeiras             

Trovoada ao longe avisa        

Frio tremendo paralisa

Toiros bravos e natureza                                               

Em manada, uma beleza

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Janeiro de 2025

 

Jantar da Tertúlia Tauromáquica Eborense – Janeiro 2025

TTE 13.Jan.2025..jpg

Se há entendidos em tauromaquia, se há aficionados, Domingo Delgado de la Cámara é certamente um dos principais do país vizinho. Responsável das críticas e pareceres taurinos no seu “Al Toro por los Cuernos” publicado regularmente no Facebook e YouTube e também colaborador de canal televisivo “Onetoro”, autor de diversos artigos e livros taurinos, foi o Convidado de Honra no jantar da tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 13 de Janeiro de 2025 na pousada dos Loios em Évora.

A Tertúlia repetiu Domingo Delgado de la Cámara desta vez, porque já tinha sido o Convidado de Honra do jantar do passado mês de Abril de 2022 e, certamente, será novamente convidado para um próximo jantar desta Tertúlia porque é muito agradável escutar este excelente crítico e escritor taurino nos seus comentários e ensinamentos sobre as lides, comportamentos das ganadarias, historial de toureiros e tudo o que se relacione com a tauromaquia em geral.

Foi mais um excelente jantar de tertúlia com um convidado muito especial, que tem muitos amigos em Portugal e que é também entendedor da nossa tauromaquia.

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Janeiro de 202

TTE-13.Jan.2025.jpg

 

Lareira

Lume de chão.png                                                                                                                                                                       

Lume de chão, envolve recordações

Lareira cintilante que ali aconchega

Fogo que abrasa, desperta emoções

Aquece, crepita, estala, fumega

Reúne a família com saudações

Lembranças que a memória entrega

Sorrisos e alegrias do passado

Na memória, assim registado   

 

Tardes de toiros são recordadas

Cavalos soberbos nas cortesias

Lindos cartazes de belas touradas     

São memórias, nas noites frias

Ganadarias diversas então lidadas 

Relembradas boas coudelarias

Lindas montadas de raças puras

Imagens eternas como esculturas                             

                                                                                                                                       

Buscas no tempo despertadas

Valores nossos, dos portugueses

Ética e sensibilidades ajustadas

De alguns ofendidas por vezes

Com as ideias, desertas, trocadas

Aparece o forcado, ultrapassa reveses

A pega, um momento de superação

Instante pequeno de grande emoção

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Janeiro de 2025

Toiro branco de Osborne

Antoñete, lance de capote no toiro branco-1966.jp                                                                                                                                                                                                                                        

Um toiro lindo e branco

Branco, bravo e nobre

No capote sempre franco

P’ra toureiro que o corre

 

Um toiro branco e lindo

De Osborne a ganadaria

Em Las Ventas exibindo

Trapio que assombraria

 

Antoñete, o matador

Que maneira de tourear!

Um estilo de pundonor

Num toiro branco a lidar

 

Ao toiro branco a faena

Gravada na memória

Nessa especial arena

Uma lide para a história

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Dezembro de 2024

                         

- - -

 

Numa tarde de 1966, na Feira de Santo Isidro, o matador António Chenel “Antoñete” lidou de maravilha um bravo toiro, branco, da ganadaria de Osborne, chamado “Atrevido”.

La faena del toro blanco”, ficou para o historial da tauromaquia e imortalizou o toureiro.

Estiveram a assistir a esta corrida de toiros os Chefes de Estado da Espanha e da Nicarágua: Francisco Franco e René Schick Gutiérrez.

Antoñete e toiro de Osborne-1966.webp

 

Jantar de Dezembro 2024 da Tertúlia Tauromáquica Eborense

TTE - 12.Dez.2024.jpg                                                                    

Há aficionados especiais que gostam e defendem a tauromaquia de uma forma pessoal muito própria, que dedicam grande parte da sua vida a tudo o que se relaciona com o ambiente taurino. É este o caso de Manuel Passanha Sobral, ganadero de dinastia e que formou a sua própria ganadaria – fundada em 2007 – situada em Baleizão, no concelho de Beja, tendo antiguidade de 9 de Julho de 2009 (Sevilha).

Foi este ganadero o convidado de honra da Tertúlia Tauromáquica Eborense no jantar  que se realizou na Pousada dos Loios na noite de Dezembro de 2024, tendo sido acompanhado pelos seus filhos Manuel Diogo e José António, que descreveram a situação actual da ganadaria, os seus anseios e projectos futuros.

Foi um agradável jantar de tertúlia, com uma boa participação de aficionados que trocaram ideias com os ganaderos sobre a actualidade tauromáquica em Portugal, Espanha e França e das prespectivas da ganadaria Passanha Sobral para as próximas épocas nas praças de toiros destes países.

 

Manuel Peralta Godinho e Cunha

Dezembro de 2024

 

---

 

Na fotografia: Nico Mexia de Almeida (Cuidador da Tertúlia) oferecendo uma lembrança ao ganadero Manuel Passanha Sobral.

 

Emblema do T.Tauromáquica Eborense.jpg

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