O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
Diogo Oliveira, jovem cavaleiro de uma família de equitadores, que foi campeão europeu de Equitação de Trabalho (Juniores), aficionado taurino, recebeu este ano a alternativa na Praça de Toiros de Vila Franca na noite de 8 de Outubro, tendo sido seu padrinho o mestre Rui Salvador que, nessa mesma corrida concurso de ganadarias, se despediu do toureio a cavalo.
Diogo Oliveira é, portanto, o mais recente cavaleiro tauromáquico português com alternativa e reúne as condições necessárias para um dia ser figura do toureio a cavalo: é muito aficionado, bom cavaleiro, ideias bem arrumadas, ética taurina e tem a persistência necessária para evoluir positivamente nesta carreira, tão difícil, da Arte de Marialva.
Foi exactamente o cavaleiro Diogo Oliveira o convidado de honra do jantar de Novembro de 2024 da Tertúlia Tauromáquica Eborense, que se realizou na noite de 4 de Novembro na Pousada dos Loios em Évora, que se fez acompanhar pelo seu apoderado Hugo Ferro e esclareceu os aficionados presentes sobre a sua evolução taurina até ser cavaleiro profissional.
Foi um agradável jantar de tertúlia.
Manuel Peralta Godinho e Cunha
Novembro de 2024
- - -
Na fotografia: Nico Mexia de Almeida (Cuidador da Tertúlia) com os convidados Diogo Oliveira e Hugo Ferro
Os aplausos nas corridas são sempre fugazes do momento, como do momento são os detalhes taurinos.
Para os forcados os aplausos são a única compensação de terem estado em frente dos toiros. Para eles isso basta, como recompensa de um instante tão curto de um momento tão grande.
Comecei a ver touradas, muito cedo, com quatro ou cinco anos, na praça de toiros das Caldas da Rainha, quando em Agosto íamos em férias para a Foz do Arelho.
Tenho em mente, umas misturas de imagens desses tempos tão distantes.
Na corrida de toiros à portuguesa deve haver silêncio quando do cite do forcado na pega de caras. O mesmo silêncio deve ser observado, na corrida de toiros ao uso de Espanha, quando o matador se perfila para executar a sorte suprema.
Uma pequeníssima homenagem a alguns cavaleiros, já falecidos, que apreciei muito o seu toureio: Simão da Veiga Jr., Fernando Salgueiro, João Branco Núncio; José Barahona Núncio, David Ribeiro Telles e José Mestre Batista.
Este final de época tauromáquica em Portugal é muito importante para todos os que envergaram a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Évora e, em nome dos fundadores, desejo agradecer aos que contribuíram para comemorar os 60 anos da Fundação e de Antiguidade do nosso Grupo, tão bem assinalado com a inauguração da Tertúlia na Arena d’Évora e nas diversas corridas realizadas, nomeadamente três com significado especial: a de 1 de Julho, com a mudança de cabo, de João Pedro Nunes Oliveira para José Maria Caeiro; a de 4 de Agosto na Praça do Redondo – local onde o Grupo se estreou em 1963 – e a de 11 de Agosto em Alcochete, exactamente na data da comemoração dos 60 anos ininterruptos na portuguesíssima arte de pegar toiros e na divulgação da cidade de Évora.
Aos que se fardaram durante este ano de 2023 e tão bem dignificaram o nosso Grupo, os nossos melhores agradecimentos,
Manuel Peralta Godinho e Cunha
1 de Novembro de 2023
- - -
Os aficionados mais antigos recordam-se certamente que a época tauromáquica começava no Domingo de Páscoa no Campo Pequeno e encerrava a 1 de Novembro no Cartaxo.
Tudo se modificou, porém Novembro é o mês do final de época em Portugal e sempre a esperança e ilusão de uma próxima temporada ainda melhor.