O conteúdo deste blogue é da responsabilidade de MANUEL PERALTA GODINHO E CUNHA e pode ser reproduzido noutros sítios que não pertençam ao autor porque o importante é a divulgação da tauromaquia.
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Comecei a ver touradas, muito cedo, com quatro ou cinco anos, na praça de toiros das Caldas da Rainha, quando em Agosto íamos em férias para a Foz do Arelho.
Tenho em mente, umas misturas de imagens desses tempos tão distantes.
Na corrida de toiros à portuguesa deve haver silêncio quando do cite do forcado na pega de caras. O mesmo silêncio deve ser observado, na corrida de toiros ao uso de Espanha, quando o matador se perfila para executar a sorte suprema.
Uma pequeníssima homenagem a alguns cavaleiros, já falecidos, que apreciei muito o seu toureio: Simão da Veiga Jr., Fernando Salgueiro, João Branco Núncio; José Barahona Núncio, David Ribeiro Telles e José Mestre Batista.
Este final de época tauromáquica em Portugal é muito importante para todos os que envergaram a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Évora e, em nome dos fundadores, desejo agradecer aos que contribuíram para comemorar os 60 anos da Fundação e de Antiguidade do nosso Grupo, tão bem assinalado com a inauguração da Tertúlia na Arena d’Évora e nas diversas corridas realizadas, nomeadamente três com significado especial: a de 1 de Julho, com a mudança de cabo, de João Pedro Nunes Oliveira para José Maria Caeiro; a de 4 de Agosto na Praça do Redondo – local onde o Grupo se estreou em 1963 – e a de 11 de Agosto em Alcochete, exactamente na data da comemoração dos 60 anos ininterruptos na portuguesíssima arte de pegar toiros e na divulgação da cidade de Évora.
Aos que se fardaram durante este ano de 2023 e tão bem dignificaram o nosso Grupo, os nossos melhores agradecimentos,
Manuel Peralta Godinho e Cunha
1 de Novembro de 2023
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Os aficionados mais antigos recordam-se certamente que a época tauromáquica começava no Domingo de Páscoa no Campo Pequeno e encerrava a 1 de Novembro no Cartaxo.
Tudo se modificou, porém Novembro é o mês do final de época em Portugal e sempre a esperança e ilusão de uma próxima temporada ainda melhor.
Alguns cavaleiros são considerados marcos do toureio a cavalo em Portugal e destacam-se no historial mais recente da tauromaquia portuguesa, João Branco Núncio, José Mestre Batista e João Moura.
Porém, José Mestre Batista foi um caso especial, contestado por outros cavaleiros que o reprovaram na primeira tentativa da alternativa de cavaleiro tauromáquico e, mais tarde, em 1962 um certo boicote para não ser integrado nos cartazes onde um determinado grupo de cavaleiros só iriam actuar se ele não fosse incluído no cartaz. Mas o novo empresário da Praça do Campo Pequeno – Manuel dos Santos – acreditando no seu toureio diferente e verdadeiro, contratou-o para uma série de corridas. A verdade do seu toureio frontal incomodou outros. O boicote terminou antes de começar. Começava sim, a consagração de José Mestre Batista como um dos melhores toureiros a cavalo de todos os tempos. Ficaram famosas as corridas nos anos 60 e 70 onde José Mestre Batista alternou com Álvaro Domecq Romero e com Luís Miguel da Veiga, com a informação às portas das Praças : “Não há bilhetes”.
As televisões que operam em Portugal não têm transmitido ultimamente programas relacionados com a tauromaquia e a RTP, avaliando mal as audiências, tem perdido a oportunidade de fazer transmissões de corridas de toiros, tão do agrado da maioria dos portugueses.
O canal “Onetoro” esteve em Lisboa para apresentar em directo duas corridas da Praça Monumental do Campo Pequeno em 7 e 8 de Setembro, transmitindo para 96 países e aumentou as subscrições em Portugal nesses dois dias.
David Casas o excelente locutor desse canal estrangeiro foi brindado pelo cabo Leonardo Matias que apresentou, em nome do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, os agradecimentos ao canal “Onetoro” por transmitir as corridas em Portugal, o que as operadoras portuguesas não querem fazer.